O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fala sobre a dívida de Minas com a União — Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (21) que uma reunião no início de março com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e técnicos da pasta poderá avançar na busca por uma solução para a dívida de Minas Gerais com a União. Hoje, o débito é de cerca de R$ 160 bilhões.

Para o encontro, também devem ser convidados o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho.

“É muito Importante aproveitar o mês de março e avançar de uma maneira definitiva na questão não só da dívida de Minas em si, da situação específica de Minas, como eventualmente uma solução definitiva para todos os Estados, em um grande programa. Não tenho dúvida que em março vamos ter boas novas”, afirmou o senador.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou até o dia 20 de abril o prazo para o fim da carência do pagamento da dívida. Esta é a data-limite para que governo de Minas e governo federal cheguem a uma solução.

Nesta quarta-feira, Pacheco se reuniu com Haddad e um dos temas tratados foi a dívida do Estado. Segundo o presidente do Senado, a equipe do ministro “avançou bastante nos estudos” sobre o tema.

Pacheco apresentou um plano alternativo ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto por Zema, que prevê a privatização de estatais e o congelamento dos salários dos servidores públicos. A proposta do senador prevê, entre outras medidas, a transferência de estatais, como a Copasa, a Cemig e a Codemig, para o controle da União.

Seja qual for a resolução final para equacionar a dívida, ela deve passar pela aprovação tanto do Congresso Nacional como da ALMG.

Como pano de fundo da disputa de protagonismo entre Zema e Pacheco para solucionar a situação de Minas Gerais, há a eleição para o governo do Estado em 2026. O senador é apontado como um possível candidato, com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto o atual governador quer eleger um sucessor: o vice-governador, Matheus Simões (Novo).

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