No coração de Ipatinga, o Parque Ipanema permanece como um testemunho vivo de uma batalha pela preservação do patrimônio histórico e ambiental da cidade. O local, que neste domingo celebra 24 anos desde que foi oficialmente protegido pela Lei 1.763, enfrentou um destino incerto antes de se tornar o refúgio verde que é hoje.

O planejamento do parque remonta à década de 1970, quando autoridades municipais e a Usiminas uniram forças para criar um espaço urbano que acompanhasse as margens do sereno Ribeirão Ipanema. Originalmente concebido como o Vale Verde, o projeto ganhou forma com a visão do renomado paisagista Roberto Burle Marx, contratado em 1985 para dar vida ao ambiente.

As obras começaram em 1980, mas enfrentaram obstáculos ao longo do caminho, incluindo interrupções e pressões para o loteamento da área. No entanto, o esforço para preservar esse oásis verde prevaleceu sobre os interesses imobiliários, e o Parque Ipanema gradualmente se estabeleceu como um dos mais impressionantes espaços urbanos do estado de Minas Gerais.

Hoje, o parque se estende por uma área de 1,1 km², abrigando cerca de 12 mil árvores e uma miríade de instalações para recreação e entretenimento. Desde parques infantis até o Kartódromo Internacional Emerson Fittipaldi, o parque oferece diversão e lazer para todas as idades. Além disso, a preservação da flora local, com destaque para as 60 espécies de árvores, incluindo ipês e árvores frutíferas, ecoa o compromisso contínuo com a biodiversidade.

Embora tenha enfrentado desafios, como a desativação da Estrada de Ferro Caminho das Águas, o Parque Ipanema permanece como um símbolo de resiliência e perseverança. De eventos culturais a pescarias coletivas, o parque continua a ser um ponto focal da comunidade, mantendo viva a história e a alma de Ipatinga.

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