Depois de criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo não cumprimento de promessas feitas na posse, em 1º de janeiro, o cacique indígena da tribo Caiapó Raoni fez o que prometeu: decidiu “bater na porta” do petista e cobrar dele mais atenção do governo federal às pautas de interesse dos povos indígenas. 

Na tarde desta sexta-feira (3), Raoni esteve no Palácio do Planalto na tentativa de ser recebido, mas não deu certo. A agenda cheia do presidente, que participou de uma reunião ministerial pela manhã e parte da tarde, e ainda se encontrou com o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, teria sido a justificativa para Raoni ter dado com a “cara na porta” e voltado sem a audiência.

O combinado com a Secretaria-Geral da Presidência foi que Raoni voltasse à sua tribo, no Mato Grosso, e aguardasse o agendamento de um encontro ainda este mês, antes do dia 26, quando o presidente embarca para Dubai, nos Emirados Árabes, onde participará da Cúpula do Clima (COP28).

Não foi a primeira vez…

Essa não foi a primeira vez que o líder indígena tentou, sem sucesso, falar com o presidente depois de ter subido com ele a rampa do Palácio do Planalto na cerimônia de posse. No início de agosto, ele também tentou um encontro com Lula durante a Cúpula da Amazônia, em Belém do Pará, mas o máximo que conseguiu foi ser recebido por alguns ministros na copa do “Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia”.

Estavam presentes as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva; dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, que prometeu fazer chegar até o presidente as demandas e o “puxão de orelha” que Raoni disse querer dar em Lula, pela falta de um encontro.

Entre as pautas não solucionadas pelo presidente da República e que são reclamadas por Raoni estariam o veto parcial ao marco temporal de terras indígenas, o atendimento à saúde desses povos, a demarcação de terras indígenas e a retirada de invasores.

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