Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a recente queda de avaliação da atual gestão é “uma fotografia de momento”, mas que não pode ser negligenciada

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (18) que o governo federal precisa olhar com atenção para a queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da atual gestão. Ele ressaltou que os resultados das recentes pesquisas de opinião pública sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo federal não podem ser ignorados, e nem se pode negar a existência desses dados.

A declaração foi dada em entrevista à GloboNews, e ocorreu minutos antes da primeira reunião ministerial deste ano de Lula com os auxiliares. A agenda foi motivada devido à queda de aprovação do governo federal, o que ligou um alerta no Palácio do Planalto. Durante a entrevista, Padilha listou vários feitos da atual gestão ainda no primeiro ano, como a retomada de programas sociais e a criação de políticas públicas: “Você não pode olhar a fotografia do momento sem ver o filme”.

“Então, tem um filme muito positivo e têm fotografias do momento que não podem ser negligenciadas. Ou seja, tem uma fotografia do momento dessas pesquisas, que mostram oscilação em alguns segmentos. São segmentos importantes, são segmentos que deram a vitória ao presidente Lula”, completou.

Segundo Alexandre Padilha, o desafio se concentra na efetividade da comunicação das ações do governo federal, garantindo que cheguem diretamente à população. “A gente tem que olhar essa fotografia com cuidado, com atenção e não negar que ela existe. Mas sem perder o filme como um todo. Então, a reunião de hoje do presidente recupera o filme, recupera os avanços conquistados. [O presidente] vai cobrar e apoiar os ministros para que os avanços cheguem nas pessoas, nos territórios, nas regiões, e impacte na vida das pessoas”, declarou.

Articulação política

Vital para o funcionamento de qualquer gestão, articulação política do governo federal é alvo de críticas do Centrão, que tem apetite por mais cargos, liberação de emendas e quer mais poder de barganha. Durante a entrevista, Alexandre Padilha minimizou a relação tensa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e algumas derrotas acumuladas pelo Palácio do Planalto.

Nesse sentido, afirmou que a base do governo segue dialogando com todos os atores políticos por meio de vários interlocutores porque “ninguém é dono da verdade”. Para ele, os ministros também “entraram em campo” na articulação política. “Os ministros e ministras podem ajudar na relação com o Congresso Nacional. Temos a felicidade de ter ministros de vários partidos, que são parlamentares, que têm proximidade com as bancadas, todo mundo está em campo”.

Com o ano de 2024 apertado no Congresso Nacional por causa das eleições municipais, quando deputados e senadores deixam Brasília para ficarem em seus redutos, Alexandre Padilha destacou que a pauta prioritária do Palácio do Planalto, em negociação no Legislativo, não vai perder de vista o equilíbrio das contas públicas.

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