Continua o clima tenso no PSB de Minas Gerais. Após a troca no comando do partido, que desagradou à ala mais à esquerda e provocou uma série de desligamentos internos, a cobrança de uma “mensalidade” junto aos diretórios municipais caiu como uma bomba nos bastidores da sigla. Na prática, uma resolução interna obriga que as comissões do PSB espalhadas pelo Estado paguem uma taxa mensal para cobrir as dívidas que a agremiação contraiu por conta de prestações de contas pendentes e multas eleitorais, grande parte delas ligadas ao pleito de 2022, quando a legenda só elegeu um deputado estadual em Minas (Neilando Pimenta), sem ter representantes da unidade federativa em Brasília. Presidente da legenda, o deputado estadual Noraldino Júnior justifica a medida alegando que não há outro fonte de recurso disponível (leia mais abaixo).

Em caso de não pagamento da mensalidade, o PSB de Minas ameaça os diretórios municipais de cancelamento de suas composições. “A inadimplência por até três meses será considerada falta grave perante o PSB Estadual, que poderá, na forma estatutária, requerer o cancelamento da composição da Comissão Executiva Municipal junto à Justiça Eleitoral”, consta no texto do quinto parágrafo da resolução interna.

“A medida foi proposta devido às obrigações financeiras do partido, como multas eleitorais antigas e pendências de prestação de contas que totalizam cerca de R$ 3 milhões. Esses custos, de acordo com a legislação vigente, não podem ser quitados com recursos do fundo partidário, devendo apenas utilizar a conta de “outros recursos”, portanto, precisamos obter fontes adicionais de financiamento”, afirma o deputado estadual Noraldino Júnior (PSB), atual presidente da legenda em Minas Gerais.

Confira, abaixo, a íntegra da nota enviada pelo deputado estadual Noraldino Júnior, presidente do PSB em Minas:

“Gostaria de esclarecer que essa decisão foi aprovada por unanimidade mediante resolução Estadual. A medida foi proposta devido às obrigações financeiras do partido, como multas eleitorais antigas e pendências de prestação de contas que totalizam cerca de 3 milhões de reais. Esses custos, de acordo com a legislação vigente, não podem ser quitados com recursos do fundo partidário, devendo apenas utilizar a conta de “outros recursos”, portanto, precisamos obter fontes adicionais de financiamento.

É relevante destacar que esse modelo de cobrança é adotado pela grande maioria dos partidos, visando a sustentabilidade financeira e a autonomia da agremiação. Além disso, as mudanças e resoluções adotadas têm como objetivo um maior comprometimento dos mandatários com o crescimento e fortalecimento do PSB.

Nós, da executiva estadual, desejamos que a grande maioria dos nossos correligionários permaneça conosco, compartilhando do mesmo interesse de crescimento e compromisso partidário. No entanto, entendemos que nem todos podem concordar com as mudanças implementadas. Aqueles que não concordarem serão livres para buscar outros caminhos que estejam mais alinhados com suas perspectivas e objetivos.

Agradeço a atenção e permaneço à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.”

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