O presidente minimizou críticas à sua popularidade e garantiu que a economia vai crescer mais do que o previsto por analistas do mercado financeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta terça-feira (23), previsões pessimistas sobre sua política econômica, afirmando que os resultados neste ano serão melhores do que os anunciados, e avaliações sobre sua popularidade. O petista lembrou sua promessa de campanha de reduzir o preço de alimentos para a população e frisou que não esqueceu “da cervejinha e da picanha”.

“Eu não esqueci da cervejinha e da picanha. Eu ainda falo até hoje. O preço da carne já baixou, mas tem que baixar muito mais”, disse em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, sede administrativa do governo em Brasília (DF).

Ao rebater críticas sobre sua popularidade, Lula declarou que “um político qualquer que estiver preocupado com pesquisa de opinião pública no início do seu mandato não está preparado para ser político”. Ele ressaltou ser normal que expectativas não atendidas gerem mau humor na sociedade, mas garantiu que não se incomoda.

“O único dia que eu me preocupei com pesquisa, que eu quase não dormi à noite, foi em 1989”, disse, em referência a uma de suas primeiras disputas eleitorais. “Eu sei que estamos plantando desenvolvimento, melhoria do salário mínimo, geração de emprego”, acrescentou.

O presidente disse que a economia do país crescerá neste ano mais do que as previsões anunciadas pelo mercado econômico. O petista listou ações do governo federal que contribuirão com o resultado esperado por ele e disse que variações decimais em projeções de analistas não o preocupam.

“A economia em 2024 vai crescer mais do que todos os analistas econômicos falaram até agora, todos, sem distinção. E vai crescer porque as coisas estão acontecendo no Brasil”, disse. “Com todo respeito ao mercado, eu gosto mais do Brasil do que do mercado. Eu não sou movido a mercado, mas a soluções para o povo brasileiro, para o povo pobre”, completou.

Para Lula, há um “problema” de apontar “tudo” como gasto, e não como investimento. “Emprestar dinheiro para pobre é gasto, colocar dinheiro na saúde é gasto, colocar dinheiro na educação é gasto, colocar dinheiro em qualquer coisa, é gasto. A única coisa que não é gasto é superávit primário. Parece que a única coisa que se trata como investimento é isso. O que é gasto? Eu sempre brigo com isso, porque, no Brasil, às vezes, a gente discute coisas muito secundárias”, avaliou.

próximo artigoEleições municipais: veja aqui em quais municípios mineiros pode haver 2º turno
Artigo seguintePF fiscaliza empresas que utilizam produtos químicos ‘aproveitados’ no tráfico

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Please enter your name here