Produtos são usados por traficantes na confecção e refino de drogas; esquema é semelhante ao qual o influenciador e fisiculturista Renato Cariani é investigado
Mais de 70 empresas de Belo Horizonte e região metropolitana foram alvos de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (23 de abril). Segundo a PF, a ação tem o intuito de impedir desvio de produtos químicos para confecção e refino de drogas ilícitas.
De acordo com a PF, os estabelecimentos, que produzem, utilizam ou transacionam produtos químicos, são alvos de ordens de fiscalização. Segundo a polícia, esses insumos podem ser denominados adulterantes ou precursores. Os precursores são substâncias químicas essenciais para a fabricação de drogas ilegais. São produtos controlados por leis e regulamentos para evitar o seu desvio para a produção de drogas ilícitas.
De acordo com a PF, os adulterantes são substâncias químicas adicionadas aos produtos para aumentar sua quantidade, potência ou efeito, gerando maior lucro para o crime organizado.
A ação desta terça-feira, segundo a PF, visa atingir o tráfico de drogas ao combater a utilização indevida de produtos químicos que alimentam sua capacidade produtiva, o que impede a fabricação e consequente oferta da substância ilícita.
Com essa ação realizada em inédita grande escala, a Polícia Federal espera ampliar significativamente o alcance da importante atuação preventiva ao desvio de produtos químicos e consequente repressão ao tráfico de drogas ilícitas em Minas Gerais.
Esquema semelhante
O esquema combatido pela PF, durante a fiscalização desta terça-feira (23), é semelhante ao crime pelo qual o influenciador e fisiculturista Renato Cariani é acusado.
Conforme as investigações da PF, o esquema do qual Renato Cariani supostamente fazia parte desviava produtos químicos para a produção de drogas, como cocaína e crack.
Questionada, a PF informou que os casos são distintos, mas têm o mesmo propósito, que o controle de produtos químicos. No entanto, a operação de Minas tem o caráter de prevenção.