A intenção do presidente é se aproximar da articulação política, além de aparar eventuais arestas com os senadores em meio à tramitação de projetos de interesse do governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um encontro, na noite desta terça-feira (5), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes partidários da Casa. A recepção será no Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República em Brasília (DF), e faz parte de uma estratégia de aproximação do petista com os parlamentares.
A expectativa é que seja um encontro com tom informal para discutir pautas de interesse do governo e aparar arestas na relação com os senadores. Em fevereiro, Lula se reuniu de forma semelhante com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com deputados que são líderes de partidos.
Também devem participar do encontro ministros que ocupam gabinetes na Presidência da República próximo a Lula, como o da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que chefia a articulação política do governo. É esperado ainda o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tenta bancar o avanço de pautas econômicas entre os parlamentares.
Há uma lista de assuntos que o presidente tem interesse no Congresso Nacional. Uma das pautas do governo neste ano é pela aprovação do projeto de lei que regulamenta as redes sociais, alvo de resistência de uma ala política que acusa o risco de censura. O governo, no entanto, aponta a necessidade da proposta como forma de reduzir crimes e episódios de violência.
O veto do petista à cifra de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissões da Câmara e do Senado no Orçamento da União deste ano também é uma pendência para o governo. O Congresso deve marcar para os próximos meses uma sessão que pode derrubar a decisão de Lula, tida como essencial para preservar o caixa público, segundo a equipe econômica.
Outra pauta mal resolvida entre Lula e parlamentares é a desoneração sobre as folhas de pagamentos dos municípios. O item foi mantido na Medida Provisória (MP) que aumenta a cobrança de impostos previdenciários sobre as folhas de salários. Na última quarta-feira (28), o Poder Executivo retirou do texto apenas o trecho referente aos 17 setores da economia que mais empregam no país.
