O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram em um café da manhã nesta segunda-feira (5), em Brasília (DF). O encontro, que durou cerca de uma hora, aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

A reunião foi marcadaa após uma crise na articulação política que ameaçou, na última semana, uma das maiores derrotas para o governo. Com deputados descontentes, Lula admitiu que correu “risco” de ter rejeitada sua organização ministerial, o que poderia fazer com que 17 pastas federais desaparecessem. O tema foi aprovado de última hora na Câmara dos Deputados e no Senado.

Com o endosso de Lira, que apontou uma “insatisfação generalizada” com o governo, deputados reclamam de demora na entrega das emendas parlamentares pelo Poder Executivo, assim como nomeações em cargos de segundo e terceiro escalões. Parte deles afirma sofrer pressões locais, de prefeitos aliados, pelas verbas prometidas.

O episódio fez líderes partidários declararem que o próprio presidente Lula deveria assumir a articulação política para conseguir avançar em temas de interesse do governo, sem terceirizar a função para, por exemplo, ministros ou líderes que poderiam atuar na relação com o Parlamento. Na sexta-feira (2), o mandatário declarou que, com o cenário, era preciso conversar “com quem não gosta da gente, com quem não votou na gente”.

Além da reaproximação com Lira, Lula pretende investir em conversas com líderes partidários para garantir uma relação de maior confiança com o Congresso Nacional. A mudança na relação interessa ao governo para aprovar outros temas considerados prioritários que precisarão do aval de deputados e senadores.

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