O caso será retomado no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná; está será a terceira sessão de julgamento, que recebeu voto do relator pela absolvição do senador

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná retomará, às 14h desta segunda-feira (8), o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), além de torná-lo inelegível por oito anos. Esta será a terceira sessão do julgamento, que teve início em 1º de abril, e a última reservada de forma antecipada e exclusiva para o caso. O cronograma demonstra a intenção do presidente da Corte, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, de não adiar a decisão.

Por enquanto, o placar está empatado em 1 x 1. O relator, Luciano Carrasco Falavinha Souza, defendeu a absolvição de Moro no primeiro dia de julgamento. A denúncia gira em torno de suposta vantagem do senador em relação aos demais candidatos (entenda mais abaixo), mas a tese não foi aceita pelo relator.

Ele entendeu que, ao contrário do que é acusado, a pré-campanha à Presidência da República, que antecedeu a de senador, não tinha foco na promoção do ex-juiz da operação Lava Jato no Paraná, onde já era conhecido, mas no cumprimento de agenda em todo o país – o que não interferiria na soma de votos na sua eleição no estado.

O voto do relator difere do parecer do procurador regional eleitoral Marcelo Godoy que recomendou a cassação de Moro e do primeiro suplente da chapa, Luís Felipe Cunha. Godoy reconheceu a prática de abuso de poder econômico e caixa 2 na pré-campanha de Moro à Presidência da República pelo Podemos e, depois, na candidatura ao Senado, em que concorreu pelo União Brasil.

No segundo dia de julgamento, na última quarta-feira (3), o desembargador José Rodrigo Sade abriu divergência ao entendimento do relator e votou a favor da condenação de Moro. Ele entendeu que o senador cometeu crime eleitoral de abuso de poder econômico e caixa dois e na campanha de 2022, durante o processo de mudança de sua intenção no pleito.

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