Senador foi absolvido com folga por 5 a 2 pelos desembargadores eleitorais, mas deverá enfrentar o Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília

Absolvido pelos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nessa terça-feira (9), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) deverá ter que enfrentar agora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

O PT e o PL, partidos que processaram o ex-juiz da Lava Jato por abuso de poder econômico e caixa dois na campanha eleitoral de 2022, anunciaram que aguardam apenas a publicação da decisão no sistema virtual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para recorrer à Corte Superior na tentativa de reverter o resultado.

No caso de alguma das partes seguir com o recurso no TSE, o tribunal realiza um sorteio para definir o relator do processo. Na sequência, a Procuradoria-Geral Eleitoral emitirá um parecer sobre o caso até que a presidência do tribunal, comandada pelo ministro Alexandre de Moraes até junho, coloque o julgamento em pauta de votação com marcação de datas e horários das sessões.

Iniciado o processo, os sete ministros que compõem a Corte Eleitoral, incluindo o presidente, emitem seus pareceres. Para a cassação do mandato de Sergio Moro será preciso a maioria simples do quadro de ministros, ou seja, pelo menos quatro dos sete julgadores. O mesmo vale para o inocentá-lo e arquivar o processo, mantendo o senador no cargo.

E se cassar?

Caso o TSE seja acionado, julgue e casse a chapa que elegeu Sergio Moro, o tribunal convocará eleições suplementares para eleger um novo senador para o Estado do Paraná. De olhos no cargo, os partidos preparam seus nomes para uma possível eleição. Correm na paralela à espera dessa decisão a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que vive em Brasília, e o ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

Esposa de Sergio Moro, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) já mudou, inclusive, seu domicílio eleitoral para o Paraná no início de março na tentativa de herdar o capital político do marido caso ele seja cassado e perca o mandato.

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