O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou, nesta quinta-feira (6), sua posição contrária à proposta de reforma tributária, que deve ser votada na Câmara dos Deputados. Bolsonaro relacionou a pauta ao PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e declarou: “Não podemos apoiá-los em nada. […] A todos aqueles que se elegeram com nossas bandeiras de ‘Deus, Pátria, Família e Liberdade’, peço que votem contra a PEC da Reforma Tributária”.

“Lula se reúne com o Foro de SP (criado em 1990 por Fidel Castro, Lula, FARC, …), diz ter orgulho de ser comunista, que a Venezuela impera a democracia, é amigo de Ortega que prende padres e expulsa freiras, seu partido fez ferrenha oposição a nós por 4 anos e comemorou a minha inelegibilidade. Só por isso, caso fosse deputado, votaria ao longo de todo o meu mandato contra tudo que viesse do PT”, acrescentou o ex-presidente.

A manifestação foi escrita após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), frisar que o estado será “parceiro” no tema e que concorda com 95% da reforma, restando ponderações pontuais. A fala foi feita na quarta-feira (5) ao lado do ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad.

Tarcísio foi ministro do governo Bolsonaro e se elegeu na onda bolsonarista. A relação de diálogo do governador de São Paulo com a gestão Lula seguida pelo apoio à reforma tributária, no entanto, irritou Bolsonaro, que tem demonstrado, nos últimos dias, certa distância do até então aliado político.

O PL convocou uma reunião para a manhã desta quinta “para mostrar união em torno de Bolsonaro”. O aviso de pauta do encontro informava a presença de Bolsonaro, do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, e de parlamentares, além dos governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e de Santa Catarina, Jorginho Mello.

Apesar de ser do Republicanos, Tarcísio esteve na sede do PL antes dessa reunião ampliada do partido e se reuniu a portas fechadas com Bolsonaro. A avaliação interna é que o ex-presidente está irredutível para que a sigla feche questão contra a reforma tributária. Nesse caso, os parlamentares que votarem contra a recomendação podem sofrer punição.

Mas nem Valdemar, nem o líder do PL na Câmara, deputado Altineu Côrtes (RJ), querem fechar questão como insiste Bolsonaro pelo antagonismo ao PT. O desejo dos dois é orientar um voto contrário à pauta para evitar constrangimentos e pedir mais tempo para análise do tema. Em rota contrária, o Republicanos já declarou apoio à reforma tributária.

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