O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, irá ao Senado no dia 3 de agosto para prestar explicações sobre o atual patamar da taxa básica de juros, fixada em 13,75% desde agosto de 2022.

A confirmação foi dada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a líderes governistas da Câmara, nesta quarta-feira (5). Eles entregaram ao senador uma petição em que pedem investigação sobre a política monetária do Banco Central.

O documento, assinado pelos partidos PT, PV, MDB, PSD, PSOL, PSB, PDT, PCdoB e Rede Sustentabilidade, pede a apuração da “possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%”.

Ao entregar o pedido a Pacheco, a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que a manutenção da atual taxa de juros “está desconectada da realidade”.

“Não tem razão um juro de 13,75% com a inflação dos últimos 12 meses de 3,40% e câmbio abaixando”, declarou a petista.

A petição também solicita a “apuração de eventuais responsabilidades do atual presidente do Banco Central do Brasil no que se refere à demora e ao não cumprimento adequado e tempestivo do controle da inflação, do emprego e desenvolvimento econômico e social”, como estipulado na lei que trata da autonomia da instituição.

O requerimento foi encaminhado por Pacheco para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O colegiado já aprovou um pedido para ouvir Campos Neto, mas a ida do presidente do BC ainda não foi agendada.

Roberto Campos Neto tem sido um dos principais alvos de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início do governo. Além dele, outros petistas têm dito que o economista trabalha “contra o país”.

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