Nesta segunda-feira (28), o governo francês reagiu às críticas após decidir proibir a “abaya”, túnica islâmica feminina, nos estabelecimentos de ensino do país. O ministro da Educação da França, Gabriel Attal, apelou para o laicismo nas salas de aulas, que preza a ideia da separação entre Estado e religião. 

“A abaya não tem lugar nas nossas escolas. A medida é extensível a qualquer símbolo de natureza religiosa”, apontou Attal, que anunciou no domingo a resolução. A decisão provocou polêmicas e foi duramente condenada pelos partidos de esquerda. 

No entanto, o líder do partido conservador Os Republicanos, Eric Ciotti, apoiou a medida e Eric Zemmour, da extrema-direita, afirmou que é “um bom primeiro passo”, mas disseram que as ações devem também abranger a obrigatoriedade de uniforme.

Attal considera que chegou o momento de avançar em matéria de laicidade na França. Por essa razão, prometeu que o Ministério da Educação dará este ano formação específica a cerca de 14 mil diretores de estabelecimentos de ensino, com o objetivo de chegar até 300 mil trabalhadores por ano.

De acordo com o porta-voz do Governo, Olivier Véran, a abaya é evidentemente um símbolo religioso. “Nós sempre fomos claros: a escola é um templo de laicismo”, defendeu.

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