A marca negativa, atingida pelo ataque do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 2023 (somente 35 gols marcados em toda competição), fez do setor ofensivo celeste a maior dor de cabeça dos treinadores que comandaram a equipe na competição.
Pepa, Zé Ricardo e, por fim, Paulo Autuori, bem que tentaram, mas não impediram que o clube fechasse o ano como a segunda pior marca do setor, na era dos pontos corridos. Os números só não são piores que os de 2019, justamente o ano da queda cruzeirense para a segunda divisão do futebol brasileiro.
E o ataque estrelado começa 2024 como o setor mais indefinido do time. Bruno Rodrigues, que terminou a temporada como artilheiro e na função de ‘camisa 9’ da equipe, deixou o clube para acertar com o Palmeiras. Arthur Gomes, encerrou o ano como titular de Autuori, mas também oscilou em 2023 e não tem presença garantida entre os 11.
Wesley, titular em boa parte da competição nacional, não deve seguir na Toca em 2024, assim como Gilberto, Stênio e Paulo Vitor. Papagaio, outro jogador contratado para a função, também não correspondeu em 2023 e corre por fora. Rafael Bilu ainda se recupera de lesão. E os jovens Fernando, Robert e João Pedro ainda buscam se afirmar no elenco principal.
Quem larga na frente?
Dos nomes disponíveis hoje para o setor, apenas Matheus Pereira parece ter um lugar garantido no ataque de Nicolás Larcamón. “Tenho o desejo que o Matheus esteja muito tempo conosco. É um grande jogador, como eu falava do respeito das características dos jogadores, é um dos elementos que quero ver desenvolvendo na estrutura que desejo, que proponho. É um jogador muito funcional à minha ideia, muito funcional ao futebol que quero desenvolver”, disse o treinador argentino em sua apresentação oficial.
Gabriel Veron também é outra peça de destaque contratada para a temporada. Entretanto, o atacante de 21 anos ainda aprimora a parte física para ficar à disposição da comissão técnica celeste. Além dele, outros dois jogadores também chegam como boas opções para suprir a recente carência de gols da Raposa: Juan Dinenno e Rafa Silva.
O argentino tem a vantagem de ter o próprio treinador celeste como referência. Adversários nos tempos de futebol mexicano, Larcamón sabe do potencial do argentino em campo. Dinenno deixou o Pumas, do México, como um dos 10 maiores artilheiros do clube.
Já Rafa Silva tem a seu favor, sua própria história recente com a camisa celeste. A boa passagem em 2022 também o credencia a ocupar uma posição de destaque no setor mais criticado e questionado de 2023. Quinta-feira (18), às 10h, no jogo-treino contra o Itabirito, na Toca da Raposa 2, os primeiros passos da nova comissão técnica poderão dar indícios de quem larga na frente dessa disputa.
