Estudos indicam que quanto maior o IMC, maiores os riscos de a mulher ter complicações durante a gravidez.

Quando uma mulher engravida, consultas médicas e exames viram rotina, já que um pré-natal bem feito é essencial para a saúde da gestante e do bebê. E quando a mãe tem sobrepeso (Índice de Massa Corpórea acima de 25) ou obesidade (Índice de Massa Corpórea acima de 30), os cuidados precisam ser redobrados porque o peso excessivo é considerado um fator de risco tanto para a saúde da mãe quanto do feto.

Estudos indicam que quanto maior é o Índice de Massa Corpórea (IMC), maiores são os riscos de a mulher ter complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. O diabetes gestacional é um tipo de diabetes que ocorre durante a gestação e que pode levar a uma série de complicações. Já a pré-eclâmpsia é uma forma de hipertensão arterial que só acontece na gravidez e que pode resultar em convulsões e até causar a morte.  

“A gente sabe que estas são complicações sérias, associadas a muitos dos desfechos gestacionais adversos tanto para a mãe como para o bebê”, explica a dra. Cristina Façanha, endocrinologista e diretora do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão do Ceará.

A endocrinologista cita que o sobrepeso e a obesidade na gravidez estão relacionados ao aumento do risco de malformações congênitas nos fetos, complicações no parto, parto prematuro, nascimento de bebês com peso acima do normal e até de morte fetal. 

Segundo a médica, “estima-se que 11% de todos os óbitos neonatais sejam associados direta ou indiretamente a consequências do sobrepeso ou obesidade materna”, afirma. “Estudos mostram também que a obesidade materna pode levar a consequências para seus filhos por toda a vida, aumentando o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiometabólicas mais tarde na vida”, complementa. 

Cuidados 

Na opinião da dra. Cristina, o ideal é que a mulher com sobrepeso ou obesidade que queira engravidar tome uma série de cuidados antes da concepção, como perder peso, ter uma alimentação saudável e praticar atividade física com regularidade. Ela também sugere fazer acompanhamento médico com especialistas, como obstetra, endocrinologista e nutricionista. 

A médica afirma que esse acompanhamento multidisciplinar é ainda mais importante quando a mulher com sobrepeso ou obesidade já está grávida. “É muito importante esse acompanhamento, inclusive com um especialista que saiba lidar com a gestação e com a problemática do sobrepeso, para que se possa fazer essa abordagem da melhor maneira possível.”

Para a endocrinologista, é essencial ter atenção com o aumento de peso durante a gestação, que deve ser apenas o necessário para a gravidez. “O que se sugere é que a mulher que tenha obesidade ganhe [engorde] só o básico, que inclui o peso do bebê, da placenta e dos líquidos da gestação, que seria em torno de cinco a seis quilos no total”, conclui. 

fonte – Dr. Dráuzio Varella

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