Dia 5 de fevereiro é o Dia Nacional da Mamografia, data criada para reforçar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O rastreamento faz toda diferença no tratamento e pode salvar vidas: quando detectada precocemente, a doença tem até 95% de chances de cura.

De acordo com Marcela Balaro, especialista em radiologia no Instituto Nacional do Câncer (Inca) e médica coordenadora de Imagem Mamária do Richet Medicina & Diagnóstico, não existe um consenso mundial sobre a idade e a periodicidade dos exames para a investigação do câncer de mama nas mulheres assintomáticas. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia a partir dos 40 anos, anualmente. 

Diagnóstico do câncer de mama

O principal método para diagnóstico do câncer de mama é a mamografia digital, que identifica lesões muito pequenas, muitas vezes não palpáveis. O exame funciona como uma radiografia da mama e o equipamento utiliza radiação de baixa energia (raios-X). A compressão da mama é necessária porque melhora a qualidade da imagem, permitindo que todos os tecidos fiquem totalmente visíveis. “Apesar do desconforto, a compressão é rápida e não gera qualquer lesão na mama, sendo imprescindível para o diagnóstico preciso”, esclarece Marcela.

Na ultrassonografia das mamas, as imagens são formadas por ondas sonoras de alta frequência, sem o uso de radiação ionizante. Ao contrário da mamografia digital, este exame não gera desconforto ao paciente. “É uma importante ferramenta complementar à mamografia e à tomossíntese mamária no rastreamento do câncer de mama, principalmente nas pacientes com mamas densas, pois a densidade mamária não altera a sensibilidade desse exame”, explica. Por isso, a ultrassonografia permite diferenciar nódulos sólidos de cistos, o que é fundamental para definir o diagnóstico das doenças mamárias.

A tecnologia mais recente no diagnóstico do câncer de mama é a tomossíntese mamária, que possibilita a visualização tridimensional (3D) da mama. O exame permite o diagnóstico precoce com menor exposição à radiação, utilizando um tubo de raio-x em movimento para captar imagens mais finas e em diferentes ângulos. “O posicionamento e a compressão são os mesmos da mamografia digital, podendo os dois exames serem realizados ao mesmo tempo”, revela. A técnica vem ganhando destaque porque contribui para a diminuição do número de falsos positivos e de ‘call backs’, casos em que mulheres precisam refazer o exame.

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