Moradores do distrito de Revés do Belém, há cerca de um mês, veem registrando água turva nas caixas residenciais “sem condições de ser consumida“, segundo informa  Edimar Braz, morador da localidadeEle conta que “não é a primeira vez quea água sai das torneiras, chuveiros e vasos sanitários com um aspecto barrento.”

Edimar comenta que aprendeu na escola uma lição simples, “para ser considerada potável a água deve estar livre de impurezas e microrganismos causadores de doenças.  A água não pode ter cor, cheiro ou sabor. Olhando a água marrom a gente nem precisa fazer análise em laboratório. Mesmo assim, o ideal seria realizar análises da água, em algum laboratório idôneo, confiável, a fim de aumentar a margem de segurança dos exames, que podem ter suas informações comparadas às da Copasa sobre a potabilidade da água”.

“A Vigilância Sanitária de Bom Jesus do Galho não cumpre o seu papel, não fiscaliza os serviços de abastecimento de água em Revés do Belém e demais regiões. Há dias em que a água se parece mais com leite, considerando a sua cor”, observa Hudson Faier, também morador de Revés.

Um munícipe do distrito, que não quis se identificar, reclama do “descaso da Copasa, que não respeita os moradores e entrega à população uma água cara que não é submetida a fiscalização. Água com   uma cor  e gosto horríveis. É de dar nojo.”

Outra moradora do distrito, que solicitou a preservação de sua identidade, conta que problemas relacionados ao abastecimento de água no Revés são recorrentes. “Quando a gente reclama, a Copasa suspende o fornecimento da água, alegando que é para tratamento. Após dois dias do religamento  da água, passamos a sofrer com vômitos, diarreia e outras doenças. Principalmente as crianças. Então Revés está sempre na seca. Ou sem água na torneira ou com  água suja, morrendo de sede em frente ao mar, com água que a gente não deve tomar”.

Um terceiro munícipe recorda do dia em que reclamou da  água cheirando a esgoto e, ao ser atendida pela Copasa, sugeriu a funcionários da empresa que provassem da água,  “mas  eles se negaram a beber”.

Moradores reclamam ainda da morosidade do atendimento Copasa, que trabalha com um número reduzido de funcionários.

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