Responsáveis devem estar atentos às crianças e aos adolescentes e desconfiar de eventuais mudanças de comportamento, principalmente quando repentinas

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) Ipatinga, vinculado administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), lançou um alerta aos responsáveis e pais de crianças e adolescentes para que redobrem os cuidados durante o período das férias escolares.

A recomendação é válida para vários âmbitos, como por exemplo os acidentes domésticos – comuns nesta época do ano -, mas especialmente quanto ao risco de violência sexual a que os pequenos podem estar mais expostos.

“Essas crianças estão passando a maior parte do seu tempo em casa e, muitas das vezes, desacobertadas da proteção daquela pessoa que deveria ter maior cautela e cuidado. E aí acontecem os casos de violência doméstica. A gente destaca a questão do abuso sexual, da violência sexual de crianças e adolescentes, em que muitas das vezes o principal suspeito é uma pessoa que passa a maior parte do tempo com a vítima”, explica o presidente do CMDCA, Leonardo Oliveira Rodrigues.

Dados

Em 2023, o Ministério da Saúde lançou um boletim epidemiológico com dados de violência sexual contra crianças e adolescentes no país. De acordo com o documento, no período de 2015 a 2021 foram notificados 202.948 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

Os dados endossam o que salientou o presidente do CMDCA Ipatinga. Conforme o material, a residência das vítimas é o local de ocorrência de 70,9% dos casos de violência sexual contra crianças de 0 a 9 anos de idade e de 63,4% dos casos contra adolescentes de 10 a 19 anos. Foi constatado, ainda, que familiares e conhecidos são responsáveis por 68% das agressões contra crianças e 58,4% das agressões contra adolescentes nessas faixas etárias.

Atenção aos sinais

Leonardo pede àqueles que cuidam dessas crianças e adolescentes que redobrem os cuidados e sigam algumas orientações. “Mantenha o diálogo com a criança, observe os sinais de mudança de comportamento. A criança pode ficar mais reclusa no quarto, apresentar um comportamento antissocial”, pontuou. É preciso, também, atenção aos sinais físicos: “Vão desde sinais como arranhão até questões mais graves, como sangramento em alguma região”, completa.

Denuncie

Diante de qualquer indício ou suspeita de que a criança ou adolescente tenha sofrido alguma violação sexual, a orientação é denunciar. Seja por meio do Disque 100, via 190 (PMMG) ou Conselho Tutelar – 3829-8427.

“Nosso compromisso com o bem-estar das crianças e adolescentes é inegociável, e é fundamental estarmos unidos nesse propósito. Caso suspeite de qualquer forma de abuso, pedimos que aja imediatamente. Denunciar é um ato de coragem. Contamos com a colaboração de cada um nessa missão de cuidado e amor. Não podemos ser omissos”, salienta a secretária de Assistência Social, Jany Mara Bartolomeu.

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