Foto: Reprodução

“Conversando sobre as possibilidades”. Este foi o tema de um seminário sobre inclusão escolar realizado no último sábado (8), pelo Centro de Atendimento Multidisciplinar Herbert de Souza (Cenam), no auditório do Hospital Municipal de Ipatinga. O objetivo do evento é oferecer aos professores formação no que se refere à educação inclusiva e fortalecer ainda mais a parceria entre o Cenam e as escolas do ensino regular.

O Centro de Atendimento Multidisciplinar funciona na modalidade Educação Especial, no bairro Novo Cruzeiro, com atendimento pedagógico e psicopedagógico complementar de apoio ao Ensino Fundamental aos alunos da rede municipal que apresentam deficiência auditiva, visual, transtorno de aprendizagem e hiperatividade, possibilitando ressignificar e desenvolver a aprendizagem dos alunos.

Roseli Lacerda, coordenadora do Cenam, explica que o tema foi escolhido porque o Centro Educacional acredita que todas as crianças – mesmo que com algumas limitações – podem ter possibilidades. “O que a criança pode fazer após ter passado o momento de ela aprender? É isso que buscamos aprender. A gente trabalha acreditando nessas possibilidades, por isso escolhemos esse tema”, reflete.

O Cenam em Ipatinga atende a 330 crianças. Elas participam de várias atividades como oficinas de arte, informática, xadrez, entre outras. “Todas essas oficinas possibilitam à criança desenvolver o cérebro e, posteriormente, passar pelas aulas psicopedagógicas, matemática, alfabetização, Libras, Braile e fazer esse desenvolvimento. Então, a gente começa com os trabalhos não-verbais para depois chegarmos no nosso foco principal”, disse.

 Atendimento

Todas as crianças atendidas no Centro de Atendimento Multidisciplinar Hebert de Souza (Cenam) são vinculadas à rede de ensino de Ipatinga e permanecem na unidade de educação em horário complementar ao da escola regular. As aulas são de segunda a quinta-feira, com transporte oferecido pela Prefeitura Municipal de Ipatinga.

A identificação das crianças é feita nas escolas, no momento em que elas chegam ao educandário e é notado algum tipo de deficiência. Roseli Lacerda, coordenadora do Cenam, esclarece que a própria rede de instituição se encarrega de entrar em contato com o organismo, que viabiliza uma avaliação no aluno. “Sentindo a necessidade do atendimento, a criança é inserida automaticamente no Centro. Já os estudantes com transtorno de aprendizagem, déficit de atenção ou hiperatividade são avaliados a cada início do ano letivo, com testes cognitivos-psicomotores. Após análise destes testes, a gente classifica quais as crianças que têm prioridade de atendimento no Cenam, e à medida que vai surgindo vaga nós convocamos os alunos. Tudo é feito em parceria com a escola e a PMI”, detalha Roseli.

Professora de música há oito anos no Cenam, Roseli Rocha e Moura explica porque a música é uma das ferramentas para os alunos. “A música trabalha com conexões cerebrais que ajudam a criança a evoluir na habilidade da leitura e da escrita, além de trabalhar a autoestima. Quando o aluno se depara com a música, ele descobre um talento e começa a acreditar em si. E aí vem o desenvolvimento cognitivo que ainda não tinha sido vencido no tempo normal”, observa.

De acordo com Paula Cristina Alves Franco, assessora da Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, “a administração pública zela por uma educação especial inclusiva, humanizada e de excelência entre as escolas municipais e o Centro de Atendimento Multidisciplinar Herbert de Souza (Cenam)”.

Fonte: PMI

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