A Polícia Federal decidiu que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que é delegado da corporação, terá de devolver aos cofres públicos os rendimentos recebidos durante o período em que ficou preso de maneira preventiva. Ele ainda responde a procedimento administrativo que pode culminar em sua expulsão. 

Ao todo, Anderson Torres ganhou R$ 120 mil nos 117 dias em que ficou detido no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, no Guará, região administrativa do Distrito Federal, por suspeita de omissão nos atos criminosos de 8 de janeiro. 

Torres, que como delegado recebe cerca de R$ 30 mil mensais, era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava nos Estados Unidos, na mesma cidade onde Jair Bolsonaro decidiu morar com a família, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília.

Anderson Torres responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na PF que investiga possíveis ilegalidades cometidas como servidor público. Ainda não há definição de como os valores serão restituídos à corporação ou a partir de quando devem ser descontados dos seus contracheques.

A decisão para suspender o pagamento do salário de Torres é baseada em notas técnicas do Ministério do Planejamento, de 2013 e de 2020, segundo as quais servidores federais não podem ter remuneração quando presos de maneira preventiva ou temporária por estarem afastados de suas funções. A norma, no entanto, aponta que a remuneração deve ser restituída caso, no final do processo, o servidor federal seja absolvido pelo Poder Judiciário.

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