A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição informando não possuir meios para o tratamento médico adequado do ex-deputado federal Roberto Jefferson.
O documento cita que o político apresenta uma série de problemas de saúde. Entre eles, “estabilidade extremamente frágil” e grau de desnutrição elevado, exigindo “acompanhamento constante”.
“O paciente se apresentava emagrecido, mantendo quadro de insônia e distúrbio de depressivo, inapetente e com a mesma dificuldade de ingesta alimentar. Relata que faz pequenas refeições durante todo o dia e assim mesmo apresenta episódios de vômitos”, diz o documento.
“Quanto ao seu psiquê mantém quadro depressivo, que dificulta e sua condição precária do aparelho digestivo, a manutenção da desnutrição. Quanto ao Neurológico; a queda ou outras possíveis quedas poderão desencadear quadro convulsivo”, acrescentaram os médicos.
A junta médica que avaliou o quadro de Roberto Jefferson informou ainda, depois da realização de exames, que o ex-deputado deve ser acompanhado quanto ao risco cardiológico, por conta de angioplastia prévia, e de metástase, pelo histórico de tumor.
“Todas as providências necessárias e possíveis foram adotadas adequadamente. Entretanto, conforme pronunciamento o técnico responsável, reiteramos que esta SEAP/RJ não dispõe dos meios para ofertar ao paciente o adequado cumprimento de todas as medidas acima mencionadas”, concluiu a junta médica.
Roberto Jefferson acumula um estoque de polêmicas em sua carreira política. Ele já foi condenado pelo STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no chamado mensalão. Em outubro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar de Jefferson pelo descumprimento de medidas cautelares e propagação de fake news.
Na ocasião, ele apareceu em um vídeo proferindo ofensas de baixo calão contra a ministra Cármen Lúcia. Ao cumprirem a ordem de prisão, policiais foram recebidos por Roberto Jefferson aos tiros. Na quinta-feira (17), o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que ex-deputado assumiu o risco de morte dos agentes.