O Ministério Público do Trabalho acionou juridicamente a C. Vale, de Patolina, por impedir a presença de funcionários da Cooperativa de comparecessem no velório dos oito colegas mortos em explosão ocorrida na empresa, na sexta-feira, (28).
O juiz do trabalho, Alexandre Campana Pinheiro, entendeu que a cooperativa “viola os mais basilares princípios do direito humano”. A decisão diz que cada funcionário, mesmo os terceirizados, poderão participar dos velórios pelo período de pelo menos duas horas. Em caso de violação, o magistrado previu multa de R$ 20 mil por funcionário impedido.
“Ao atender esta determinação, a cooperativa poderá manter o funcionamento mínimo da cadeia produtiva, visando evitar eventuais perdas de produtos, observando a devida segurança de seus funcionários, bem como a possibilidade de todos participarem dos eventos mencionados acima”, diz a decisão.
As vítimas morreram em um acidente de trabalho, após explosões sequenciais em um silo da cooperativa. O caso aconteceu na quarta-feira (26). A Polícia Civil (PC-PR) e o MPT instauraram inquérito para investigar as causas.
Em pedido apresentado à Justiça, em caráter de urgência, o MPT disse que tanto trabalhadores brasileiros quanto haitianos foram impedidos de participar das últimas despedidas.
O órgão também argumentou que tentou contato com o jurídico da cooperativa para negociação, mas não teve resposta.
Nesta sexta, continuam as buscas por um trabalhador, também haitiano, desaparecido desde o acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele está sob uma carga de 10 mil toneladas de milho.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 11 pessoas ficaram feridas nas explosões. O local é um grande reservatório onde são armazenados produtos agrícolas.
Fonte: r g1 PR e RPC