No período de 2013 a 2022, mais de 2,2 milhões de moradias foram danificadas em todo o país por causa desses eventos; mais de 4,2 milhões de moradores foram afetados
Desastres naturais que levaram ao registro de emergência ou estado de calamidade pública atingiram 5.199 municípios brasileiros, o correspondente a 93% do total.
O levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que analisou tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos nos últimos dez anos.
Entre 2013 a 2022, mais de 2,2 milhões de moradias foram danificadas e 107.413 ficaram destruídas em todo o país por causa desses eventos. Com isso, mais de 4,2 milhões de pessoas tiveram de deixar as casas em 2.640 municípios do país.
Dados por Regiões
Os municípios da Região Sul têm o maior percentual de casas afetadas (46,79%), sendo 1 milhão de locais danificados e 54.559 destruídos, com prejuízo financeiro de cerca de R$ 4 bilhões (15,22% do total).
Já os do Nordeste acumulam a maior perda financeira, de quase R$ 16 bilhões (61,05%). A Região teve 14,88% das habitações danificadas e destruídas no período analisado.
O Sudeste teve 20,98% do total de casas danificadas e destruídas e R$ 4,3 bilhões de prejuízo (16,57%).

Na Região Norte, o levantamento aponta 16,33% de unidades habitacionais afetadas, com impacto financeiro de R$ 1,7 bilhão (6,7%).
E o Centro-Oeste é o menos afetado, sendo 1% de casas atingidas e R$ 122,3 mil de prejuízos (0,47%).
Segundo a CNM, motivos diversos impactam na quantificação dos prejuízos econômicos, por exemplo, custos relacionados à reconstrução, preços de terreno e do imóvel.
Nos anos analisados pela CNM, 2022 representa o pior cenário, quando 371.172 moradias foram danificadas ou destruídas. Antes disso, o ano com mais registro havia sido 2015, somando 325.445.
Já os registros de prejuízos financeiros estão mais concentrados no período de 2020 a 2022. Juntos, eles representam mais de 70% do total dos últimos dez anos.
Na avaliação da Confederação, os prejuízos e os impactos sociais e econômicos poderiam ter sido menores se houvessem políticas integradas de gestão urbana, habitação e prevenção do risco de desastres.
“O prejuízo em todo o país de danos em habitação, nesse período de 10 anos, ultrapassa R$ 26 bilhões. E os Municípios estão praticamente sozinhos, na ponta, para socorrer a população. Não há apoio para prevenção nem investimentos”, pondera o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Fonte: CNN Brasil

Foto\reprodução: Imagem de destruição em Concórdia, em Santa Catarina, após passagem de ciclone

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