A Argentina está em estado de alerta máximo devido uma invasão do Aedes aegypti, o mosquito responsável pela transmissão da dengue. O país bateu o recorde histórico de maior número de casos e óbitos em um ano — apenas em 2023, foram 135.676 pessoas infectadas e 68 mortes.

Autoridades argentinas confirmam que o ápice da transmissão ocorre na região de Buenos Aires, onde medidas intensivas estão sendo tomadas para conter a propagação da doença. O Ministério da Saúde lançou uma campanha de conscientização, com orientações para a população adotar medidas preventivas, como o uso de repelentes e a eliminação de criadouros potenciais de mosquitos.

O número de mosquitos transmissores aumentaram ainda mais nas últimas quatro semanas, o que gera preocupação, especialmente em áreas públicas como parques e praças na capital. Sair a qualquer hora para correr, passear com o cachorro ou ficar no jardim ou na varanda tem se tornado atividades de risco, devido à exposição aos insetos.

Embora a espécie predominante no país seja o Aedes aegypti, a Argentina também enfrenta desafios sanitários com a invasão do Aedes albifasciatus, conhecido como “mosquito das enchentes”. As recentes enchentes e chuvas que atingiram o país levaram a explosão do número de insetos, presente em ambientes silvestres, tendo um  ciclo influenciado pelas chuvas, o que atualmente resulta em uma maior quantidade de mosquitos adultos.

Embora sejam parecidos, é importante destacar que o Aedes albifasciatus não transmite dengue. No entanto, além de ter uma picada que causa bastante dor, o inseto transmite outras doenças, como o vírus WEE.

A situação atual, com aumento do número das duas espécies de aedes, levou a um aumento na procura por produtos de proteção, como repelentes, cremes e óleos essenciais de citronela. O custo desses itens tem sido alvo de discussão nas plataformas digitais, onde a população tem expressado preocupações sobre o acesso a aos produtos.

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