O Atlético tem nova previsão para a apresentação da proposta para se tornar SAF. De acordo com o CEO do clube, Bruno Muzzi, a tendência é que os conselheiros tomem conhecimento da proposta na segunda metade do próximo mês.
O processo de se tornar uma sociedade anônima do futebol (SAF) iniciou em maio do ano passado com a apresentação da ideia aos conselheiros. Porém, a previsão da votação do conselho pela transformação já teve outros previsões, como março deste ano.
Por conta das negociações com possíveis investidores e troca de documentos de intenções, o Atlético busca agilizar o processo para o primeiro semestre de 2023 no máximo, já que o clube vê na mudança a salvação da questão financeira do Galo.
“Estamos na fase de trocas de documentos com possível investidor. São muitas discussões. São dois documentos principais (…) Eu já tive outras expectativas de finalizar em março/abril. Mas meu próximo cenário é convocar o conselho do Atlético no meio de julho”, revelou Muzzi, em entrevista à CNN Esportes.
Depois de possuir um investidor principal que seria responsável pela captação dos recursos para a compra de 51% das ações, o norte-americano Peter Grieve, o Atlético chegou ao modelo de uma holding com vários empresários (incluindo Grieve) sendo donos da parte majoritária das ações do clube.
De acordo com informações internas, o Atlético destaca que o valor total das ações (100%) do clube estão estimados em R$ 2,8 bilhões. A Arena MRV e a Cidade do Galo entrarão como propriedades da SAF, com proporcionalidade das divisões de cotas.
“Temos uma dívida muito elevada. O Atlético não deve ir para o modelo de concentração de dívida na associação. A gente deve seguir diferente. Essa dívida tem que ser completamente paga, seja em um, dois, quatro anos. Será responsabilidade de SAF”, afirmou Muzzi.
Antes do processo de SAF avançar, o clube admitia que o investidor, ou o grupo investidor ficaria com 51%. Agora, com a presença da holding de empresários e os aportes para o pagamento total da dívida (hoje avaliada em R$ 1,8 bilhão), é possível que 70% a 75% das ações fiquem com os sócios majoritários.
