O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Yoshiro Mori, anunciou nesta sexta-feira a sua renúncia após a repercussão negativa de comentários machistas feitos na semana passada, durante reunião de dirigentes da organização. “Minha declaração inadequada causou muito caos. Desejo renunciar ao cargo de presidente a partir de hoje (sexta)”, disse Mori durante seu discurso. Ele disse que o mais importante agora é que a Olimpíada seja um sucesso.

O ex-primeiro-ministro japonês, de 83 anos, fez este anúncio na reunião dos conselheiros e da diretoria-executiva do órgão, convocada para discutir as consequências das declarações de Mori e decidir sobre um sucessor. De acordo com a imprensa local, nomes como o do atual chefe da Vila Olímpica, Saburo Kawabuchi, ou da ministra japonesa, Seiko Hashimoto, estão sendo cogitados.

O comitê já havia informado na quinta-feira que os membros do Conselho Executivo se reuniriam para “expressar suas opiniões sobre as declarações de Mori” e discutir “iniciativas futuras” do órgão sobre igualdade de gênero.

No último dia 3, Mori afirmou que as mulheres falavam muito durante as reuniões do conselho, o que para ele era “irritante”, competiam entre si e disse que as que trabalham no Comitê Organizador “sabem seu lugar”. No dia seguinte, o dirigente pediu desculpas durante uma entrevista coletiva, mas negou que renunciaria ao cargo.

Mas a pressão sobre o então presidente e o Comitê Organizador não diminuiu desde então. Na quarta-feira, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, afirmou que não estava entre seus planos comparecer a uma reunião sobre os Jogos, marcada para o final deste mês, “porque não seria uma mensagem positiva dada a situação atual”.

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