No atual elenco, há seis jogadores contratados nesse molde

Desde que a SAF de Ronaldo Fenômeno foi implementada, o Cruzeiro adota uma postura no mercado que é a de priorizar o custo-benefício dos jogadores, visando não gastar dinheiro desnecessariamente. Na última janela de transferências, a diretoria de futebol, encabeçada por Pedro Martins, se destacou por um artifício nesse molde: o empréstimo com opção de compra.

Nessa modalidade, o clube adquire um atleta emprestado por outro clube, normalmente, com contrato de um ano, assumindo o seu salário – parte dos acordos também envolve pagamento em dinheiro para a equipe detentora do ativo. Ao final desse vínculo, o time que pegou esse profissional emprestado poderá comprá-lo em definitivo por um valor previamente acordado.

Recentemente, a Raposa efetuou esse tipo de negócio com os seguintes jogadores: atacante Gabriel Veron (Porto); zagueiro Lucas Villalba (Argentinos Juniors); meio-campista José Cifuentes (Rangers); e ala Álvaro Barreal (Cincinnati). Além deles, o há meia Matheus Pereira (Al-Hilal) e o zagueiro João Marcelo (Porto), que vieram no meio de 2023 e possuem contratos com o Cruzeiro até 30 de junho de 2024.

Motivos

Segundo Pedro Martins, esse tipo de negócio é vantajoso principalmente porque o clube pode avaliar o trabalho do atleta antes de tê-lo em definitivo; além de adiar um alto investimento. “O nosso objetivo com essa modalidade é conseguir avaliar o desenvolvimento do atleta aqui dentro. E também é uma ferramenta para quem não tem a capacidade de investimento de maneira imediata”, explicou.

“No clube, perante as limitações orçamentárias que existem, preferimos trazer o jogador emprestado, ver se ele se adequa às rotinas do Cruzeiro, à nossa forma de jogar, e, no momento de fazer essa aquisição, podemos sentar com o clube, com o jogador, e construir isso da melhor maneira possível”, completou o diretor-executivo de futebol.

Sobre o valor pré-fixado, ele comentou que pode ser negociado. No caso de Matheus Pereira, por exemplo, a transferência da Arábia Saudita para o Brasil gira em torno de R$ 65 milhões, enquanto a de João Marcelo está em R$ 8 milhões.

“Não é porque há um valor estipulado, que necessariamente devemos executar aquela opção. Existe a negociação, que faz parte do jogo. Estamos avaliando todos os casos. Queremos manter o clube sustentável para que a evolução aconteça ano a ano. Acredito que a maioria dos jogadores que vieram por empréstimo tenha o interesse de permanecer”, concluiu o dirigente.

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