Com Hulk, Paulinho, Edenílson, Arana e Everson o Atlético deveria ser protagonista contra o Goiás, certo? Mas bastou bola rolar na Serrinha para ver que o time alvinegro se tornou um mero coadjuvante no Campeonato Brasileiro.
Pelo menos, é o que vem mostrando nos últimos jogos. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, a equipe atleticana involui a cada jogo, mesmo com o treinador tendo a semana inteira para trabalhar.
Aliás, como ele próprio disse: ‘não se faz mágica com uma semana’. Mas pelo futebol que vem sendo apresentado, o torcedor atleticano já se contenta com o básico e nem pensa em mágica.
Uma equipe minimamente organizada e capaz de agredir o adversário era o mínimo que o atleticano gostaria de ver, mas nem isso foi possível no estádio Hailé Pinheiro.
O Atlético deu um chute no gol de Tadeu durante todo o tempo. Contra uma equipe que está no Z-4 e que não vence há cinco partidas, esperava-se que o Galo se impusesse, mas isso não aconteceu em nenhum momento.
A falta de repertório, dificuldades na armação das jogadas e nas transições ofensivas seguem no Galo, assim como os problemas de marcação, em que dá chances aos adversários.
Há a necessidade de uma mudança de postura dos jogadores. Além de demonstrarem mais condescentes com os resultados ruim e haver falta da fagulha que faz o time se mobilizar, há também o problema mental.
Por conta do momento conturbado em que o time vive (não vence há sete jogos), o Galo vem perdendo peças importantes por conta do desequilíbrio emocional.
Na Serrinha, Arana foi a bola da vez ao acertar o adversário uma cotovelada e ser expulso. Contra o América, Hulk e Felipão já haviam recebido cartões vermelhos por conta do destempero.
E o torcedor atleticano precisa rezar, porque há muita coisa para ser trabalhada em termos coletivos no Galo e a sequência de jogos que começa na próxima rodada promete ser ainda mais complicada, com Grêmio, Flamengo e São Paulo, além do duelo contra o Palmeiras, pela Libertadores.
