Segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), a tabela do Imposto de Renda está com defasagem de 134,53%, referente à inflação acumulada desde 1996 até fevereiro deste ano. Se fosse corrigida, quem ganha até R$ 4.400 por mês estariam isentos do IR. O governo federal publicou, na noite de domingo (30), o aumento da faixa de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 2.640 mensais – valor equivalente a dois salários mínimos. Essa faixa era de R$ 2.112. A mudança vale a partir desta segunda-feira (1), junto ao reajuste do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320. mudança, mas só será aplicada nas declarações do IR de 2024 . Mas se a tabela fosse corrigida pela inflação desde 1996, a faixa de isenção seria quase o dobro do valor.  

Ao não reajustar a tabela, o governo cobra mais da classe média. Atualmente, a maior alíquota de IR, que é de 27,5%, incide sobre rendas mensais acima de R$ 4.664,68. Se houvesse correção na tabela, o trabalhador com este mesmo rendimento pagaria alíquota bem menor: 7,5%.   

Outra discrepância do sistema tributário brasileiro mostra que 0,35% da população não tem suas grandes fortunas taxadas, conforme previsão constitucional.  

Veja abaixo as faixas de renda e as respectivas alíquotas para quem está fazendo a declaraçaõ de IR neste ano, sobre o exercício de 2022:

  • Faixa 1: Até R$ 2.112,00: isento
  • Faixa 2: De R$ 2.112,01até R$ 2.826,65: 7,5%
  • Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
  • Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
  • Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%
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