A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi diagnosticada com Covid-19 na última quinta-feira (18), mas a informação só foi divulgada neste domingo (21).

Ela nunca tomou uma dose de imunizante por “recomendação médica” e teria se contaminado durante recente viagem à Coreia do Sul, segundo a sua assessoria de comunicação. A parlamentar já havia sido infectada em agosto de 2020, precisando de internação.

Durante a pandemia, Zambelli minimizou os efeitos da doença, questionou a quantidade de mortes em todo o mundo, desacreditou as vacinas contra o coronavírus, afirmou que seu filho jamais seria vacinado e tentou impedir que todas as crianças brasileiras recebessem ao menos uma dose de imunizante. 

No sábado (22), a parlamentar e sua assessoria disseram que ela estava internada em um leito da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, desde a última segunda-feira (15), mas não houve menção à Covid-19. Ela apenas disse ter sido hospitalizada ao se sentir mal depois de voltar do país asiático. 

Em vídeo nas redes sociais, Zambelli afirmou que deve permanecer hospitalizada até segunda (22) ou terça-feira (23) e, depois, continuar o tratamento em São Paulo. 

“Cheguei de viagem, descansei dois dias. Viagem exaustiva, mais de 30 horas de viagem. Quando eu tive esse mal-estar, meu médico achou melhor me internar, fui fazer vários exames”, destacou.

Zambelli relata ainda ter feito um tratamento na Coreia do Sul para circulação e fazer uso de ozônio, parte de uma terapia experimental sem comprovação científica. A assessoria da deputada acrescentou que ela estava fazendo tratamento de úlcera gástrica antes de ser internada.

No vídeo, a parlamentar também diz sofrer há anos com problemas de saúde. Ela conta ter fibromialgia – uma síndrome que afeta a musculatura e causa dor e sensibilidade no corpo – e síndrome de Ehlers-Danos – doença do tecido conjuntivo que torna a pele elástica e afeta as articulações.

No mês passado, Zambelli fez uma vaquinha pedindo ajuda para pagar condenações judiciais e indenizações. Ela conseguiu bater a meta de R$ 100 mil. Em seguida, viajou para a Coreia do Sul. De acordo com ela, a “missão oficial foi autorizada pela Câmara, as passagens e hospedagens estão custeadas pela Universal Peace Federation”. 

A parlamentar disse ainda no vídeo feito de dentro do hospital que negociará sua participação à distância em votações da Câmara dos Deputados.

A assessoria de comunicação do DF Star informou não ter boletim médico da deputada. (Com Estadão Conteúdo)

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