Uma das caracteríticas mais marcantes de Luiz Felipe Scolari, o novo técnico do Atlético, é a personalidade forte, algo que jogadores, diretoria e torcida terão que se acostumar. A maturidade profissional e os 74 anos de vida do treinador podem ter atenuado um pouco tal peculiriadade, mas Felipão sempre será Felipão. 

Dentre alguns episódios que envidenciam esse “pavio curto”, um dos mais marcantes e nem tão lembrados foi o ocorrido durante a terceira passagem de Scolari pelo Grêmio. Em fevereiro de 2015, em jogo pelo Campeonato Gaúcho, na Arena Grêmio, o treinador abandonou seu time em campo minutos antes do fim da partida e foi para o vestiário visivelmente contrariado, pois seus comandados perdiam o jogo por 1 a 0 para o Veranópolis, placar final do embate.  

Depois da partida, Felipão explicou a situação inusitada. “Me expulsei. Mais vergonha do que isso, impossível passar. A equipe não apresenta nada daquilo que a gente faz no treinamento. Não adianta ficar enganando a torcida do Grêmio. Não tinha mais o que fazer, fui embora para o vestiário. Acabou o assunto. Não criamos nada, os adversários vêm aqui e tomam conta do jogo. Não aproximamos. Faltava 3 ou 4 minutos e fui embora. Para não tomar uma atitude errada e esfriar a cabeça” disse.  

“A equipe adversária se postou bem, e quando se organiza do meio para trás, a gente não consegue furar. Não temos alternativa para fazer o gol. Temos que buscar alternativas, mas não estão funcionando. Se a torcida estava envergonhada, eu muito mais. Vou continuar, trabalhar e fazer o que sempre fiz. Mas se perguntar aos nossos jogadores, pergunte o que disseram sobre vergonha. Estão também envergonhados”, finalizou Felipão.

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