A atual gestão do Flamengo divulgou nesta terça-feira um comunicado em que rebate as declarações do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que afirmou recentemente que a tragédia no Ninho do Urubu “não teria acontecido” na sua gestão. Na nota, a diretoria enumera os motivos que levaram ao indiciamento do dirigente no caso que investiga o incêndio que matou dez jovens jogadores das divisões de base do clube em fevereiro de 2019 – a gestão de Bandeira de Mello se encerrara meses antes.

O documento, divulgado no site oficial do Flamengo, é assinado pelo presidente Rodolfo Landim, por Antônio Alcides Pinheiro da Silva (presidente do Conselho Deliberativo), por Bernardo Amaral do Amaral (presidente do Conselho de Administração), por Moysés Saul Akerman (presidente do Conselho de Grandes Beneméritos), por Sebastião Pedrazzi (presidente do Conselho Fiscal) e por Marcelo Conti Baltazar (presidente da Assembleia Geral do clube).

Eles lembram que Bandeira de Mello rejeitou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, diante da piora na qualidade dos alojamentos. Além disso, citam outros problemas estruturais do Ninho do Urubu elencados pelo Ministério Público.

“A linha de atuação desinteressada do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello é corroborada nos autos do inquérito civil instaurado pelo MP em 2015, quando naquela oportunidade se recusou a assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que fosse regularizada a situação precária dos atletas da base do Flamengo, mesmo tendo admitido o não cumprimento de uma série de condições relacionadas na vistoria”, afirma.

“Não é crível que o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, no período de 24 de outubro de 2017 a 31 de dezembro de 2018, num assunto de extrema relevância para o Flamengo (construção do Ninho do Urubu), considerado estratégico para o futebol profissional e da base, tivesse deixado de tomar conhecimento da interdição do CT e dos consequentes autos de infração, tendo preferido este dirigente com domínio final do fato ignorar as determinações estatais, as quais, caso tivessem sido atendidas, teriam poupado as vidas dos jovens atletas”, continua trecho da nota, citando parte do processo que levou ao indiciamento de Bandeira de Mello.

“Hoje, dos 106 sepultamentos (no Estado), 36,5% das pessoas morreram em casa. Está se caracterizando certa falência, certo colapso das possibilidades de atender. Nosso Hospital de Campanha, e a prefeitura não tem obrigação de cuidar de hospitais, está trabalhando e bem. Hoje, se não me engano, foram quatro altas. Estamos acolhendo as pessoas com critério muito rígidos para termos certeza de dominância do quadro. O número de UTIs está crescendo e as UTIs estão totalmente lotadas. As quatro vagas abertas com certeza já foram ocupadas”, disse o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) nas redes sociais.Playvolume00:00/00:37TruvidfullScreen

A alta nos enterros coincide com o momento em que a ocupação dos leitos oscila entre 96% e 100%, segundo confirmou a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, em boletim do governo. Faltam vagas em leitos clínicos e, principalmente, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Entre casos suspeitos e confirmados de covid-19, 879 pessoas estão internadas, sendo 262 em UTI.

A diretora da Fundação de Vigilância Sanitária do Estado, Rosemary Pinto, atribui os números do Amazonas à falta de adesão ao isolamento, em Manaus. “A Polícia e a Vigilância passam nas áreas de comércios não essenciais e na hora eles fecham. Duas horas depois, nós voltamos e o comércio está todo aberto. A população não está aderindo ao ‘fique em casa’.”

Assistência

O Serviço de Pronto Atendimento da Alvorada, zona oeste de Manaus, a chegada de pacientes é crescente e os relatos são de estrutura precária, com falta de respiradores e de técnicos para trocar o cilindro de oxigênio. E os profissionais de saúde também se somam à lista de doentes: em uma semana, 52 testaram positivo no Amazonas. São 376 afastados. Houve nove mortes – três médicos, quatro técnicos de enfermagem e um gestor e um profissional de outra categoria.

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