O preço médio do diesel em Minas Gerais deve ficar acima de R$ 6 devido à recomposição das alíquotas dos impostos federais PIS e Cofins, que aumentaram desde domingo (1º/10). O combustível já é encontrado, em média, por R$ 6 no Estado, segundo a pesquisa mais recente de valores semanais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que considera a semana de 24 a 30 de setembro. Agora, os impostos federais representam R$ 0,13 por litro, R$ 0,02 a mais.

O preço máximo de revenda do diesel comum registrado pela ANP, que percorreu 255 postos, foi R$ 6,92 na última semana. O valor foi detectado em Uberaba, na região do Triângulo Mineiro. Já o mínimo foi R$ 5,51, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O diesel S10 já está acima de R$ 6. O preço médio de revenda em Minas é R$ 6,16, mas chega até R$ 7,18 em Uberaba.

As duas opções do combustível são mais caras do que a média da gasolina no Estado, cujo preço médio foi R$ 5,61 na última semana, de acordo com a ANP. Isso ocorreu pela primeira vez em 2022, desde o início da década de 2000, e havia se revertido neste ano.

O preço do diesel ainda pode aumentar mais, pois a alíquota dos impostos federais, que havia sido zerada em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não foi totalmente recomposta até agora. Ela começou a ser retomada em setembro e, em janeiro, retornará ao valor integral. Com isso, no total os impostos federais devem ser de R$ 0,35 por litro do combustível em 2024.

Aumento do diesel afeta consumidor comum

Apesar de o diesel não ser o combustível usado em carros de passeio, com esse produto mais caro, a conta, de toda forma, recai no consumidor. O consultor e educador financeiro Silvio Azevedo explica que o aumento do diesel impacta diretamente o serviço de transporte, e, consequentemente, o preço dos fretes.

“Tudo que a gente come  e compra no Brasil, vem por meio de estrada. E isso (o preço do diesel) aumenta bastante o custo do transporte”, diz. “Você pode até não sentir esse aumento se você não dirigir um caminhão ou um carro que use o diesel, mas lá na frente você vai ver que aquela empresa que utiliza transporte e que usa diesel, vai repassar o preço para os produtos”, afirma.

É como um efeito dominó: o diesel aumenta, o frete aumenta e, por consequência, o produto transportado também acaba aumentando de preço. Ou seja, a consequência final é o aumento da inflação, na avaliação de especialistas.

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