A medida de estímulo do governo federal à indústria automotiva vai ter um custo de R$ 8 Bilhões em 1 ano. Se a política durar somente até o final do segundo semestre deste ano, ficará em torno de R$ 4 Bilhões. Mas ela só deve baixar o custo dos veículos até no máximo 10,79%. Para realmente baixar o preço dos veículos, somente a Reforma Tributária, com adoção do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), funcionará.

O corte de imposto sobre produtos industrializados (IPI) e PIS/Cofins dos automóveis de valor até R$ 120.000,00 vai valer, incialmente, entre junho e dezembro, e deve trazer um aumento das vendas em cerca de 6% para as montadoras brasileiras, ou 200.000 automóveis até dezembro.

As vendas aumentarão para 2,3 milhões de unidades, ainda muito abaixo da capacidade de produção atual, de 4,7 milhões de unidades. Mesmo que os preços dos veículos caiam em torno de R$ 10.000,00 com a medida, ainda não se pode considerar que esses veículos sejam populares.

Os preços ainda continuarão altos. Os descontos do IPI do PIS/Cofins vão para os veículos que custam até R$ 120.000,00 com intervalo entre 1,5% e 10,79%. A escala vai depender da combinação de 3 fatores: faixa de preços; eficiência energética; e grau de nacionalização.

A redução tem um custo alto para o governo e para os pagadores de impostos, pois terão maior carga em outros produtos e serviços para compensar o incentivo dado ao setor. Outros produtos devem ser onerados para compensar essa perda de arrecadação. O que realmente deveria ser tratado com urgência é a tramitação da Reforma Tributária porque no setor de veículos.

Com a Reforma Tributária, a redução esperada no preço dos veículos é de 38,3% ao se adotar o IVA. Hoje, a carga tributária sobre os automóveis é de 49,6% e seria reduzida para 25%. Além disso, peças, acessórios, combustíveis e demais itens da cadeia produtiva teriam redução de preços com a adoção do IVA. A mudança traria um impacto bem abrangente, atingindo toda a indústria nacional, fazendo com que os bens ficassem mais baratos e o setor industrial mais competitivo, permitindo, inclusive, uma maior abertura comercial para que os importados pudessem ficar mais baratos.

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