Foto: Reprodução

Principal aliado do PT na eleição presidencial, o PCdoB divergiu da estratégia do partido de insistir na manutenção da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Além do PCdoB, setores da direção do PT e a própria base do partido demonstraram “inquietude” – nas palavras de um líder petista – em relação à tática de esgotar todos os recursos na Justiça contra a decisão do TSE.

O descontentamento do PCdoB foi explicitado ontem, dia 3, em reunião do conselho político da coordenação da campanha, realizada em São Paulo.

Dirigentes do partido cobraram uma definição política rápida sobre a composição da chapa e argumentaram que a campanha não pode ficar dependente das estratégias jurídicas da defesa de Lula. A sigla da deputada estadual Manuela d’Ávila, virtual candidata a vice na chapa de Haddad ao Palácio do Planalto, defende que a substituição seja feita agora.

A avaliação dos líderes do PCdoB é a mesma de parte do PT: a transferência de voto não será mecânica e automática e depende de dois movimentos: tornar Haddad conhecido e convencer o eleitor que ele é o nome de Lula, que não estará no palanque.

Além disso, a cúpula da campanha tem sentido pressão vinda da base do partido para que Haddad assuma o quanto antes a condição de cabeça de chapa. Informes feitos por advogados apontam para uma situação de extrema fragilidade jurídica mesmo que o STF conceda a liminar pretendida pela defesa de Lula.

Um dos cenários colocados aponta para a necessidade de Lula ter que renunciar à candidatura para evitar que a chapa toda seja cassada se o Supremo, depois, julgar improcedente o pedido de mérito.

O PCdoB, que costuma tratar de forma discreta suas divergências com o PT, dessa vez deixou claro em uma manifesto que defende outra estratégia. Enquanto a nota do PT não dá sinais de que haverá uma substituição na cabeça da chapa, o comunicado do PCdoB – assinado pela deputada Luciana Santos, presidente do partido – afirma que “a luta política e jurídica prossegue” e a resposta sairá de uma “vigorosa campanha eleitoral para eleger, em 7 de outubro, a chapa presidencial liderada por Lula, com ele candidato ou não”.

Fonte: Estadão

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