O presidente Jair Bolsonaro afirmou em sua tradicional live de quinta-feira que vai apresentar nos próximos dias um novo decreto para permitir estudos sobre parcerias com o setor privado em UBS (Unidades Básicas de Saúde) do SUS (Sistema Único de Saúde).

Na quarta-feira (28), ele havia revogado um decreto da véspera após reação negativa da opinião pública.

Assim como fez mais cedo o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro criticou quem acusou o decreto de buscar a privatização do SUS.

“Ontem, tivemos um probleminha em relação a um decreto sobre o SUS, que não tinha nada a ver com privatização, mas lamentavelmente, grande parte da mídia fez um carnaval em cima disso:  ‘Vai privatizar o SUS’, ‘o pobre não vai poder ser atendido pelo SUS’. Revoguei o decreto, mas fiz uma nota dizendo que nos próximos dias poderemos reeditá-lo, o que deve acontecer na semana que vem.”

Ao lado do presidente, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, declarou que o preço do arroz, principal vilão da inflação nos últimos meses, teve uma “ligeira queda” após a decisão do governo de retirar o imposto de importação sobre o insumo agrícola.

A ministra explicou que o preço baixo do arroz nos últimos anos justifica em parte o aumento neste ano. Ela também acrescentou que muitos outros fatores estimularam a disparada do valor.

Entre eles, não ter ocorrido a importação do produto do Paraguai, a verba extra na mão dos brasileiros, com o auxílio emergencial, e o aumento do consumo durante o isolamento da população, por causa da pandemia.

Sem dinheiro para a CoronaVac

Na mesma live, Bolsonaro também atacou o governador de São Paulo, João Doria, que tem defendido a parceria do Instituto Butantan com a China no desenvolvimento da vacina CoronaVac, contra a covid-19.

Segundo o presidente, ninguém vai ser obrigado a tomar “na marra” a vacina e disse que o governo federal não vai custear a fabricação do imunizante.

“Ninguém vai tomar a sua vacina na marra não, tá ok? Procura outro. Eu, que sou governo, o dinheiro não é meu, é do povo, não vou comprar a sua vacina também não, tá ok? Procura outro para pagar a sua vacina aí”, disse Bolsonaro, em transmissão pela redes sociais.

Piada preconceituosa com guaraná rosa

Bolsonaro aproveitou a live, na qual vestia uma camisa do Sampaio Corrêa, clube do Maranhão,  para pedir desculpas por ter feito uma piada preconceituosa ao tomar o refrigerante Guaraná Jesus, durante visita ao Estado nordestino na quinta-feira (29).

“Fiz uma brincadeira. Se alguém se ofendeu, me desculpa aí, tá certo.”

Durante um evento em São Luís, o presidente tomou o guaraná e questionou se teria virado “boiola” por causa da cor do refrigerante.

“Agora eu virei boiola igual maranhense, é isso? Olha o guaraná cor-de-rosa do Maranhão ai. Quem toma esse guaraná vira maranhense”, afirmou.

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