foto: Reuters

O governo de São Paulo anunciou oficialmente nesta terça-feira (21) o início dos testes com a vacina chinesa para combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2).   

A primeira dose do medicamento produzido pela empresa farmacêutica Sinovac, chamado Coronavac, foi aplicada em uma médica do Hospital das Clínicas (HC), cuja identidade não foi revelada. No total, 9 mil profissionais da saúde receberão a vacina em 11 centros de pesquisa. Os testes fazem parte de uma parceria com o Instituto Butantan. A expectativa é de que o estudo seja finalizado até setembro. Caso os resultados sejam positivos, a vacina poderá ser produzida a partir do começo de 2021.   

“Se tivermos sucesso, como esperamos ter, a vacina será produzida aqui no Instituto Butantan já no início do próximo ano com mais de 120 milhões de doses. A vacina será destinada a todos os brasileiros, não apenas aqueles que são de São Paulo, e isso será feito através do SUS. O Butantan terá todo o domínio da tecnologia”, explicou o governador de SP, João Doria.   

Hoje, a primeira dose está sendo aplicada em 890 funcionários do HC. Já a segunda dose será ministrada daqui a 14 dias e, durante esse período, todos os voluntários receberão acompanhamento médico. Esta é a terceira fase de testes da Coronavac, mas a primeira no Brasil.   

“Os pesquisadores do Hospital das Clínicas vão analisar os voluntários em consultas marcadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir todo o estudo da fase três de testes da Coronavac em até 90 dias”, explicou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.   

Para Doria, este momento é motivo de “orgulho para São Paulo e para o Brasil”. Inicialmente, os testes seriam realizados a partir da última segunda-feira (20), mas as 20 mil doses foram liberadas do aeroporto de Guarulhos com atraso, após chegarem da China.   

próximo artigoBelo Horizonte: Aprovação à gestão Kalil é de 59%
Artigo seguinteNovo exame de sangue detecta 5 tipos de câncer precocemente