Estudos científicos mostram que o organismo amplia a resposta imunológica contra o coronavírus por meio das doses de reforço da vacina contra a doença. Por isso, a imunização complementar é fundamental para uma efetiva proteção não só na pandemia, como diante de outras doenças, como a causada pelo vírus da gripe.

Os anticorpos agem como um exército que fica de prontidão para enfrentar um eventual agente invasor no organismo, como vírus e bactérias, por exemplo. Com o passar do tempo, no entanto, os “combatentes” do corpo podem acabar diminuindo a memória imunológica, comprometendo a tarefa de derrotar o agente infeccioso.

O que vai definir a resposta induzida pelas diferentes vacinas — e se elas vão precisar de doses adicionais ou não — é, principalmente, o tipo de imunizante. Além disso, ainda não foi descoberto um tipo capaz de proteger contra a Covid-19 por toda a vida, como ocorre com as vacinas contra o sarampo, rubéola, catapora e febre amarela.

Apesar de contarem com diferentes tipos de tecnologias de produção, no caso dos vírus, como os organismos tendem a sofrer mutações, há uma dificuldade de estabelecer um imunizante de dose definitiva, como destaca o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “É necessário aplicar o reforço para que o organismo esteja preparado para se defender também no caso de novas variantes. Por isso, peço que as pessoas busquem as salas de vacinação”, afirma.

Reforço contra a Covid-19

A primeira dose de reforço para quem iniciou o esquema vacinal com AstraZeneca, Pfizer ou CoronaVac, é recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade e deve ser administrada quatro meses após a segunda aplicação. Já a segunda, no momento, é recomendada pelo Ministério da Saúde para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde independentemente da idade e deve ser administrada após quatro meses da primeira dose de reforço.

Para quem começou o esquema vacinal com a aplicação única da Janssen, a recomendação é um reforço administrado dois meses após o início do esquema vacinal; e os outros dois que devem obedecer ao intervalo de quatro meses entre um e outro. Para a população imunocomprometida de 12 a 39 anos, que iniciou o esquema vacinal com AstraZeneca, Pfizer ou CoronaVac é recomendada uma dose de reforço quatro meses após a adicional.

Para os imunocomprometidos que iniciaram o esquema vacinal com Janssen, está indicado duas aplicações de reforço após a dose adicional, com intervalo de quatro meses entre elas. As vacinas recomendadas para o reforço são as da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen — essas podem ser utilizadas para pessoas com 18 anos de idade ou mais. Para os adolescentes entre 12 e 17 anos, deve ser utilizada preferencialmente a vacina Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina CoronaVac na dose de reforço.

Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) mostram que 69 milhões de pessoas estão em atraso com a primeira dose complementar. O Ministério da Saúde destaca que foram feitos estudos que demonstram que a imunogenicidade — capacidade de resposta do organismo — após aplicação dos reforços de imunizantes alternados é adequada. Com isso, busque uma unidade de vacinação para manter a proteção contra a Covid-19, de acordo com a sua idade.

Nathan Victor
Ministério da Saúde

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