Para interromper a transmissão do sarampo e garantir a eliminação do vírus no Brasil, o Ministério da Saúde lança, nesta sexta-feira (2), o Plano de Ação para enfrentamento da doença. A prioridade é eliminar o surto em quatro estados – Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo – até o fim de novembro. A execução das outras ações estabelecidas no documento está prevista até dezembro deste ano, sendo que a manutenção da eliminação do vírus em todo território nacional segue até novembro de 2023.

As ações do Plano são divididas em dois cenários de atuação, levando em consideração os estados com surto da doença e estados sem surto ativo. A execução das atividades propostas envolve os três entes federativos (União, estados e municípios) que possuem responsabilidades, como a vigilância epidemiológica, atenção à saúde e estratégias de vacinação. O Ministério da Saúde reforça a importância de aumentar as coberturas vacinas contra o sarampo e outras doenças que já foram eliminadas no Brasil, como a poliomielite. Até o dia 9 de setembro, mais de 38 mil postos de vacinação do país estão abertos para a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação. A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, está entre os imunizantes da campanha para as crianças e adolescentes menores de 15 anos que precisam atualizar o esquema vacinal. É importante ressaltar que essa vacina faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível durante todo o ano no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo, concedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016. Três anos depois, o país perdeu esse status depois da reintrodução do vírus no país e confirmação de novos casos. Com as ações e metas estabelecidas pelo plano do Ministério da Saúde e o aumento das coberturas vacinais, o principal objetivo é conseguir essa certificação novamente e eliminar a circulação dessa doença infecciosa grave que pode ser fatal, principalmente para crianças.

O lançamento do Plano foi feito no encerramento da Reunião Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo e da Rubéola no Brasil, que aconteceu nesta semana em Brasília (DF), onde se reuniam representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS Brasil e WDC), da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e SRC, membros do Ministério da Saúde, da Câmara técnica de Especialistas do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), Câmara Técnica Imunização (CTAI), Representantes dos estados e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trabalharam para avaliar as estratégias adotadas pelo País na busca da eliminação do sarampo para, posteriormente, pleitear o certificado de eliminação do vírus na região.

Ministério da Saúde

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