A clamídia e a gonorreia são infecções bacterianas transmitidas por meio de relações sexuais desprotegidas e são a principal causa de Doença Inflamatória Pélvica (DIP) e infertilidade em mulheres, além de provocar dor durante as relações sexuais e gravidez nas trompas. Nos homens pode ocorrer corrimento uretral, entre outros danos à saúde. Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram contaminadas por infecções sexualmente transmissíveis curáveis em 2020, como clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No caso da gonorreia, o período de incubação vai do momento da contaminação até as primeiras manifestações da doença, que pode variar de 24 horas até 14 dias. A clamídia tem um período de incubação que dura em média 15 dias, fase em que a transmissão é possível, mesmo em quadros assintomáticos. Os sinais das duas doenças – quando há – são semelhantes:

  • Dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), corrimento amarelado ou claro fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual;
  • Os homens podem apresentar ardor e esquentamento ao urinar, podendo haver corrimento ou pus, além de dor nos testículos. Pode evoluir com infecção no epidídimo, testículos, próstata e infertilidade do portador.

Na gestação

Durante a gestação, caso não identificadas, a gonorreia e a clamídia podem trazer consequências. A conjuntivite neonatal é um dos principais problemas causados por essas bactérias, que pode levar à cegueira se não for prevenida ou tratada adequadamente.

Além do risco de conjuntivite neonatal, as doenças não tratadas podem levar a aborto espontâneo, parto prematuro ou baixo peso ao nascer. As infecções devem ser tratadas e, caso o diagnóstico ocorra próximo ao parto, o recém-nascido deve ser acompanhado de perto para identificar e tratar quaisquer problemas relacionados.

Prevenção e cuidados

O uso do preservativo externo ou interno é a forma mais acessível para evitar a transmissão. Na presença de qualquer sinal de infecções sexualmente transmissíveis, o recomendado é procurar um serviço de saúde para o diagnóstico correto e a indicação do tratamento com o medicamento adequado.

Devido a existência de casos de infecção por clamídia ou gonorreia sem sintoma, o profissional de saúde também pode indicar a realização de exames e tratamento, quando necessário. A parceria sexual também deve receber o tratamento, mesmo que não apresente sinais e/ou sintomas.

Resistência aos tratamentos

A resistência da gonorreia aos antimicrobianos caracteriza-se como um alerta mundial, pois o gonococo, causador da doença, vem se tornando resistente a todas as terapias disponíveis para o seu tratamento ao longo dos anos.

Em parceria com a OMS, o Ministério da Saúde realiza periodicamente a vigilância da susceptibilidade do gonococo aos antimicrobianos, juntamente com centros sentinelas distribuídos em todas as regiões do país e o laboratório de referência nacional.

As ações de vigilância incluem a realização de exames para verificar a resistência do gonococo aos antibióticos utilizados no país. A partir dos resultados é feita a atualização dos protocolos.

Saiba mais sobre as IST

Na última sexta-feira (17), o Ministério da Saúde lançou a campanha “Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral”. O objetivo é promover ações de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis durante o período de folia. No mês de fevereiro, uma série de publicações sobre IST estarão disponíveis no portal gov.br/saude. Acompanhe.

Fran Martins
Ministério da Saúde

próximo artigoCom patrocínio da Copasa, projeto leva esporte para crianças de Timóteo
Artigo seguinteCoudet aposta no Mineirão e garante que Atlético jogará melhor contra Carabobo