O isolamento aumenta o risco de hipertensão em mulheres, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, publicado recentemente no Journal of Hypertension.

O estudo foi feito a partir de dados de 28.238 homens e mulheres entre 45 e 85 anos que participaram de uma pesquisa mais ampla sobre envelhecimento. A hipertensão foi definida maior que 140/90 mmHg ou maior que 130/80 mmHg em participantes com diabetes ou recebendo remédio para pressão.

Os pesquisadores observaram que não ter um parceiro ou manter uma vida social limitada, o que significa menos de duas atividades sociais por mês, ou uma rede social pequena, estão associados a uma maior chance de hipertensão em mulheres.

Além dos laços sociais, eles levaram em conta fatores que afetam a pressão arterial, como idade, tabagismo, consumo de álcool e depressão.

O risco de pressão alta se mostrou maior em mulheres viúvas (33%) em comparação com mulheres casadas. As solteiras apresentaram um risco 28% maior e as divorciadas, 21%. Para os homens, ao contrário, viver sozinho foi associado a uma menor chance de hipertensão.

Mas as conexões sociais também foram significativas. A associação entre isolamento e hipertensão foram reduzidas em mulheres solteiras ou divorciadas com maiores redes sociais, entre 220 e 573 pessoas. Já as com menos de 85 conexões, a probabilidade de ter pressão alta foi de 15%.

Para a autora sênior do estudo, Annalijn I. Conklin, professora-assistente da Universidade de British Columbia, a descoberta mais importante é que os laços sociais parecem ser mais significativos para mulheres do que para homens. “Os laços sociais são importantes para a saúde cardiovascular e são mais importantes para as mulheres”, disse ao jornal norte-americano The New York Times.

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