O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou nesta terça-feira (1), em entrevista coletiva à imprensa sobre as ações de combate à Aids, que o plano de vacinação contra covid-19 só ficará pronto quando uma vacina for registrada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“O objetivo fundamental para a vacinação é contribuir para a redução da morbidade e mortalidade pela covid-19, bem como controlarmos a transmissão da doença. Para isso a gente quer vacinar grupos prioritários e populações mais expostas ao vírus”, afirmou.
“Mas é extremamente fundamental pensarmos que o plano de vacinação para a covid-19 só definitivamente ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina, ou mais de uma vacina que esteja registrada na Anvisa. E, pelo óbvio, para isso ela precisa mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”, acrescentou.
Medeiros também explicou que os critérios para a definição de grupos prioritários são a manutenção de serviços essenciais – o que inclui profissionais de saúde na lista preferencial – e a avaliação da situação epidemiológica da covid-19, que mostram quem apresenta maior risco de agravamento da doença.
Os 10 eixos do plano de vacinação
De acordo com o secretário, a câmara técnica que elabora o plano nacional de vacinação da covid-19, instituida pela portaria nº 28 do dia 3 de setembro, deve se reunir nesta terça-feira (1), às 14h, para apresentar os resultados dos estudos que servirão de base para a estratégia que será adotada pelo Ministério da Saúde.
A câmara é composta por diversos especialistas, organizações e setores da sociedade civil, que se dividiram em 10 eixos temáticos para construir o plano:
1- Situação epidemiológica;
2- Atualição das vacinas em estudo;
3- Monitoramento e orçamento;
4 – Operacionalização da campanha;
5 – Farmacovigilância;
6 – Estudos de monitoramento e pós-marketing;
7 – Sistema de informação;
8 – Monitoramento, supervisão e avaliação;
9 – Comunicação antes e durante a campanha;
10 – Encerramento da campanha.
Medeiros afirmou que conclusões obtidas em todas as áreas devem estar disponíveis até o final desta semana.
Características da vacina ideal
O secretário ainda citou quais seriam as características desejadas em relação à futura vacina contra a doença causada pelo coronavírus.
Além de apresentar eficácia e segurança, segundo ele, o ideal é que o imunizante seja capaz de induzir memória imunológica, tenha aplicação de dose única, apresente tecnologia de baixo custo e seja termoestável – isso significa poder mantido em temperaturas de 2 a 8 graus. Essa é a temperatura da rede de frios, que conserva e garante o processo logístico das vacinas do PNI (Programa Nacional de Imunizações).