Ferramentas holísticas, que tratam do ser por inteiro, as terapias integrativas nunca estiveram tão em alta e foram tão necessárias como agora. Em tempos de pandemia, quando, mais do que a saúde física, são abaladas as relações interpessoais e até consigo mesmo, cuidar da mente e da alma é essencial.
A psicoterapeuta Solange Rolla, por exemplo, que atende em Belo Horizonte, associa uma série de métodos terapêuticos em busca dos melhores resultados com os pacientes. “São integrativas, como o nome diz, e vão ao encontro do princípio de tratar o ser como um conjunto formado por corpo, mente, alma e emoção”, explica a profissional.
Resolução
No consultório dela, dentre os métodos usados estão constelação familiar e regressão, principalmente. Ambas ferramentas utilizadas pela advogada Gabriela Sena, de 35 anos, que viu parte dos conflitos irem embora quando decidiu experimentá-las. “Já havia tentado uma série de medidas convencionais. Mas foi quando me voltei pra dentro de mim mesma que percebi onde as respostas estavam”, conta a moça.
Psicoterapeuta com mais de 20 anos de experiência, Fernanda Moura também aumentou o cardápio de possibilidades quando viu que cura física e espiritual realmente caminham juntas. “Não há como dizer que existe uma ou outra ferramenta melhor. Cada pessoa escolhe o que funciona para si. O que precisamos é estar abertos para alcançar o nível de cura que desejamos”.
De graça
Há quase 14 anos, uma portaria federal, respaldada por diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), instituiu a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC). Por meio dela, são oferecidos, atualmente, de forma gratuita, 29 procedimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre eles estão hipnoterapia, reiki e constelação familiar.
As técnicas, que podem ser encontradas em todos os estados brasileiros, são amparadas por evidências científicas, que mostram os benefícios da integração entre as práticas e a própria medicina convencional.
Há ferramentas aplicadas, inclusive, para alívio de dores físicas. Caso do reiki, usado, por alguns profissionais, como complemento em tratamentos oncológicos convencionais.