As autoridades sanitárias dos Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (3) que suspenderam um teste na África do Sul de uma vacina experimental contra o HIV depois que ela se mostrou ineficaz para prevenir a infecção.

O estudo, chamado HVTN 702, começou em 2016 com a única candidata a vacina que havia demostrado proporcionar alguma proteção contra o vírus que causa aids em um teste anterior na Tailândia em 2009. 

“Uma vacina contra o HIV é essencial para pôr fim a uma pandemia mundial, e esperávamos que essa candidata a vacina funcionasse”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Enfermidades Infecciosas, que participou no trabalho. “Infelizmente, não foi o que aconteceu”. 

O teste incluiu 5.400 voluntários soronegativos em 14 locais da África do Sul, homens e mulheres sexualmente ativos com idades entre 18 e 35 anos. 
Os participantes receberam, aleatoriamente, o regime de vacina ou injeções de placebo. Ele tomaram seis doses durante 18 meses. 

A fim de garantir sua segurança, também foi proporcionado acesso a profiláticos, incluindo a profilaxia pré-exposição (PPrE), um fármaco antirretroviral que, administrado diariamente, demonstrou ser altamente efetivo para prevenir a infecção por HIV. 

Os pesquisadores examinaram mediante análise os dados de ambos os grupos depois que os participantes permaneceram no estudo durante mais de 18 meses, o tempo mínimo requerido para que o regime da vacina gere uma resposta imunológica. 

Entre aqueles que receberam a vacina, foram registradas 129 infecções por HIV, enquanto entre os que receberam placebo tiveram 123 infecções por HIV, razão pela qual o teste foi suspenso.  

“Embora este seja um revés significativo para este campo [de pesquisa], devemos continuar a busca de uma vacina preventiva”, disse Linda-Gail Bekker, diretora de protocolo do teste e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids. 

Atualmente existem outros testes de vacina em curso. 

Um está sendo feito na África subsaariana e na África do Sul; outro em vários países da América e da Europa. 

Outra pesquisa verifica se os anticorpos amplamente neutralizantes (bNAbs) podem ser efetivos para prevenir a infecção. 

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