O acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame, é responsável por mais de 100 mil óbitos, anualmente, é a segunda maior causa de mortes no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Segundo a neurologista, especialista em AVC, do Instituto Hospital de Base, Letícia Costa Rebello, pode ser evitado em 90% dos casos.
A especialista explica que o AVC também ocupa o primeiro lugar na lista das patologias mais incapacitantes. Por isso, é necessário entender a doença e ficar atento aos sinais e, principalmente, saber como prevenir.
“O acidente vascular cerebral resulta de uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral, decorrente de entupimento, que é o AVC isquêmico; ou da ruptura dos vasos sanguíneos, chamado de AVC hemorrágico”, elucida.
Ela alerta que há perda rápida da função neurológica nos dois casos. “Os sintomas são os mesmos. A diferença é que, no primeiro caso, a lesão no cérebro é causada por falta de sangue em razão de entupimento e, no outro, ocorre devido ao sangramento no cérebro”, diz.

FIQUE ALERTA – A prevenção pode ser feita de acordo com os fatores de risco, ou seja, combatendo-se as principais causas. “O AVC pode ser evitado com ações simples. Entre elas estão o controle da pressão arterial, do diabetes e do colesterol. Além disso, não fazer uso de cigarro, evitar o sedentarismo e conhecer a doença”, esclarece. E destaca que pessoas mais idosas, principalmente acima dos 60 anos, têm mais chances de ter um AVC.
Os principais sintomas começam de uma hora para outra e se caracterizam por boca torta, formigamento ou fraqueza em um dos lados do corpo, súbita dificuldade para falar ou entender o que os outros falam, perda da visão de um dos dois olhos, perda súbita do equilíbrio com dificuldade para andar, dor de cabeça explosiva sem causa aparente e vertigem.
Quanto mais rápido se identificar o AVC, maiores são as chances de não haver sequelas e menores as possibilidades de óbito. “Em caso de suspeita, o paciente deve entrar em contato com o SAMU pelo telefone 192 e procurar, imediatamente, o serviço médico de emergência. No Distrito Federal, o Instituto Hospital de Base é a referência para pacientes com sintomas recentes”, recomenda Letícia Rebello.
A médica ensina como as pessoas podem identificar os sinais o mais rápido possível. Lembre-se da palavra SAMU, conforme o quadro abaixo:
TRATAMENTO – A neurologista destaca que o AVC isquêmico ocorre em 85% dos casos. Sendo assim, o tratamento é feito com uma medicação que dissolve o trombo (coágulo de sangue). O remédio pode ser ministrado até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Já o tratamento do AVC hemorrágico depende de uma avaliação individual.
Fonte: Agência Saúde