Município incrementa ações de combate ao Aedes aegypti e alerta para necessidade de cuidados por parte da população

A Secretaria de Saúde de Ipatinga divulgou o resultado do quarto e último Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) em 2022. O recolhimento de dados foi feito entre os dias 7 e 11 novembro e apontou um aumento significativo nos casos em comparação com os meses anteriores, quando os números se apresentavam continuamente declinantes.  

O primeiro LIRAa do ano, realizado em janeiro, apontou infestação de 6,1%. Já o segundo, no mês de abril, acusou 2,6%, e o terceiro, em julho, fechou em 1,1%, trazendo bons sinais de alento no combate às arboviroses no município. Contudo, o LIRAa apurado em novembro voltou a preocupar, com percentual de 4,8%.

Foi o último levantamento programado para 2022. Segundo a Prefeitura, a previsão é que o próximo ocorra em janeiro de 2023.

A Secretaria de Saúde realiza, durante todo o ano, campanhas de orientação e visitas a locais estratégicos para eliminar e retirar materiais que possam acumular água, além da aplicação de larvicidas. Agora, com os novos resultados em mãos, a  Prefeitura de Ipatinga, por meio da Seção de Controle de Zoonoses, vai intensificar as ações nos bairros que apontaram maior incidência de focos.

“Medidas simples podem ser adotadas pela população, ajudando o poder público a reduzir os riscos de contaminação, como substituir a água dos pratos dos vasos de plantas por areia; deixar a caixa d’água tampada; cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover dos ambientes todo material que possa acumular água”, enfatiza o diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Laressa Jane Almeida.

Incidência por região

A última vistoria do ano revelou os bairros e regiões que apresentaram maiores índices de infestação: Veneza – 7,7%; Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro e Parque Ipanema – 6,7%; Bom Jardim, Ferroviários, Horto, área industrial, região próxima à Usipa – 6,4%; Caravelas e Jardim Panorama – 5,8%; Esperança e Ideal – 5,5%; Granjas Vagalume e Bethânia – 5,4%; Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre – 4,6%; Vila Celeste – 4,4%; Tiradentes, Canaã – 2,9%; Canaãzinho, Vila Militar – 1,7%; Cidade Nobre e Iguaçu – 0,9%.

A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão coincide com o verão, devido aos fatores climáticos favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti em ambientes quentes e úmidos. Por isso, é essencial que os moradores das cidades intensifiquem as medidas de controle vetorial nesta época do ano.

Níveis de infestação

Segundo o Ministério da Saúde,  órgão responsável pela saúde pública, os índices de infestação inferiores a 1% são os mais satisfatórios. De 1 a 3,9%, a situação começa a sinalizar alerta. Mas os mais preocupantes são os índices acima de 4%, que apontam para risco de surto de dengue. O objetivo do levantamento é direcionar as ações de controle para as áreas mais críticas identificadas.

O calendário  do LIRAa é definido pelo governo do Estado e prevê quatro levantamentos durante o ano, com intervalos regulares, mas que podem ser modificados em caso de necessidade.

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