IPATINGA – A exemplo do que está vigente em Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso – municípios que autorizaram a reabertura das empresas com algumas restrições –, o Sindcomércio Vale do Aço defende que o mesmo aconteça, imediatamente, em Ipatinga e Timóteo. A entidade patronal argumenta que a suspensão das atividades comerciais já acumula “imensurável prejuízo financeiro”.

“Se não houver a retomada do funcionamento de forma racional e cooperada, tememos pelo pior: fechamento de centenas de lojas, alavancando o desemprego em nossa região a patamares jamais vistos. Então, os governos municipais que ainda não flexibilizaram seus decretos precisam agir com celeridade para que o caos não aumente”, diz o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes.

O dirigente patronal afirma que o retorno do comércio não vai negligenciar a saúde e o bem-estar dos empregados e de toda sociedade. “Com a adoção de cuidados pessoais, a manutenção da limpeza dos locais de trabalho e sendo respeitado o funcionamento restrito a uma pessoa a cada 4 metros quadrados, há plenas condições de abrirmos as portas em consonância com as orientações que têm sido dadas pela Organização Mundial de Saúde”, garante Facundes.

Representação

O Sindcomércio é o legítimo representante do comércio varejista e atacadista de bens e serviços no Vale do aço. É a entidade que tem o direito legal de firmar acordos, convenções coletivas e sub-rogar os empresários em demandas jurídicas e em todas aquelas que decidam sobre o funcionamento das lojas. “Conforme os últimos dados do Caged, 80% das empresas da região são do setor de comércio e prestação de serviços. Além das atividades essenciais, temos lojas funcionando de portas fechadas em sistema de entrega e cumprindo funções administrativas, o que tem feito circular pelas ruas mais de 50% dos comerciários. Assim, entendemos que é plenamente possível que todos os empregados retomem parcialmente as atividades, pois não há nenhuma justificativa para que as empresas fiquem fechadas”, reforça Facundes.  

Proposta do Sindcomércio

Desde que a pandemia coronavírus (Covid-19) forçou que houvesse mudanças no dia a dia das empresas, o Sindcomércio tem defendido, junto às prefeituras das principais cidades da região, a continuidade de funcionamento de todas as lojas, com algumas adequações.

A entidade patronal lembra que, culturalmente, o comércio tende a ser o primeiro emprego das pessoas e, por consequência, a maioria dos comerciários é jovem e está fora do grupo de risco determinado pela ONU e pelo

Ministério da Saúde. “Mais de 80% dos nossos colaboradores tem até49 anos”, ressalta Facundes.

Jornada especial

A ideia, assim como tem acontecido em Fabriciano, é que as empresas possam funcionar em jornada especial de seis horas diárias, de segunda a sábado, nos horários das 7h às 13h, e das 12hàs 18h. “Para que as pessoas não sejam colocadas em risco, as lojas devem ser divididas por grupo econômico, evitando a aglomeração de pessoas nas ruas”, observa Facundes, que ainda complementou: “Vale lembrar que no comércio atacadista e varejista, os impactos negativos já superam 80%. Então, a proposta que temos trabalhado junto às prefeituras da região visa minimizar os péssimos reflexos, por exemplo, da redução no fluxo de clientes e do aumento no preço dos fornecedores.”

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