Prefeitos, secretários municipais, presidentes de Câmaras, representantes dos Hospitais Dr. José Maria Morais (Fabriciano) e Márcio Cunha (Ipatinga), FIEMG, médicos infectologistas e lideranças políticas do Vale do Aço participaram nesta quinta-feira, 12, de mais reunião para debater ações efetivas e cobrar, do Estado de Minas Gerais, recursos essenciais para controle e tratamento de pacientes com Covid-19.

A reunião foi iniciativa da Assembleia Metropolitana do Vale do Aço, representada pelas principais cidades da região, Superintendência Regional de Saúde (SES-MG) e o deputado Celinho do Sinttrocel. Também esteve presente o suplente do Senado Federal e ex-secretário de Estado de Saúde, Alexandre Silveira.

No encontro, os presentes foram enfáticos na urgência de ações mais efetivas do Estado para a região metropolitana, a segunda de Minas Gerais, com cerca de 766 mil habitantes e 28 municípios. Apenas as quatro principais cidades: Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e Ipatinga, somam 502 mil habitantes.

O prefeito Dr. Marcos Vinicius, presente no encontro, mais uma vez colocou a estrutura do HJMM a disposição do Estado e município vizinhos. Mas foi enfático ao cobrar recursos fundamentais para tratar os pacientes. O prefeito explicou que, conforme a Constituição Federal, o Estado é o responsável pela gestão e custeio da Média e Alta Complexidade na saúde, ou seja, os hospitais.

“Do Colar Metropolitano, apenas Ipatinga e Fabriciano são gestão plena em saúde. O que significa dizer que os recursos para hospitais, de todos os outros municípios, continuam ‘presos’ nas mãos do Estado e os municípios vizinhos, impedidos de fazer aportes para tratar a população de suas cidades. E temos uma agravante, já que o Estado tem hoje uma dívida de R$ 40 milhões com os (hospitais) Márcio Cunha e mais R$ 10 milhões com Dr. José Maria Morais. Se pagasse pelo menos isso, já estava de bom tamanho”

Em Fabriciano, a atual administração municipal ampliou em 40 leitos a sua capacidade instalada para tratar casos de Covid-19: são 20 leitos clínicos (enfermarias) e mais 20 leitos de UTI com respiradores. O investimento foi de R$ 1,2 milhão em recursos próprios. A unidade tem capacidade para nova ampliação, mas precisa de recursos.

“Antes de ser prefeito, sou médico. Meu juramento é em defesa da vida. O nosso hospital é ‘porta aberta’ e vamos atender a todos. Mas a medicina tem custo. Hoje, uma equipe para atender 10 pacientes com Covid-19 custa R$ 270 mil por mês e não é justo que Fabriciano arque sozinho”, enfatizou.

ESTADO VAI MANDAR SÓ MAIS 15 RESPIRADORES

A reunião contou com participação online de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O Estado, mais uma vez, mostrou preocupação com a possibilidade de aumento de casos na região. No entanto, manteve a previsão inicial de abertura de 140 leitos no Vale do Aço para Covid – sendo que destes, apenas 60 foram entregues.

Também afirmou que enviará, nos próximos dias, mais 15 respiradores. No entendimento dos presentes, número insuficiente para a demanda regional. Também foi frisado que os hospitais precisam de recursos para custeio da equipe médica e leitos hospitalares e, enfim, usaram os novos equipamentos em favor da população.

Os presentes se comprometeram em realizar ações conjuntas para fortalecer o controle e combate ao Covid-19, em nível regional, e pediram apoio dos presentes na interlocução para ampliar os recursos não só para tratamento de casos confirmados, mas também de testagem da população. Uma nova reunião será marcada em breve.

fonte: PMCF

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