Focada em garantir a segurança das pessoas, o emprego dos profissionais contratados e o cumprimento do ano letivo em 2020, administração municipal estrutura plano de ações com diretores de educandários. Proposta será levada ao Conselho Municipal de Educação, no próximo dia 27. Se aprovado, será implementado na primeira quinzena de junho.

Diretoras das 47 escolas que compõem a rede municipal de ensino de Ipatinga avançaram nesta terça-feira (19), em reuniões com técnicos da Secretaria de Educação e o prefeito Nardyello Rocha,nas discussões para construção de um plano de atividades remotas dirigido aos alunos, neste tempo de pandemia. Realizados em três momentos, com turmas distintas, para evitar aglomeração e prevenir contra a Covid-19, os encontros com a presença do chefe do Executivo ocorreram nas dependências do Centro de Formação Pedagógica (Cenfop), que funciona junto à escola Artur Bernardes, no bairro Canaã.

Em sua palavra aos participantes, o prefeito destacou “o zelo e a responsabilidade” com que a Administração vem tratando a questão dos desafios impostos pela doença que assola todo o planeta. “Todas as decisões têm como pressuposto principal a proteção da saúde pública – ele enfatizou – e são balizadas por indicadores epidemiológicos, levando em conta também o número de leitos ocupados e desocupados para a Covid-19 no município”.

Conforme Nardyello, “na educação, essa mesma escala de prioridades não é diferente, e me remete a um tripé de preocupação: os nossos professores e profissionais, os nossos alunos e as famílias que ficam em casa”.

O prefeito refletiu: “Quando falamos em rede pública, temos uma série de alunos que residem em casas de poucos cômodos, onde moram oito, nove pessoas. E desse total, muitas vezes três ou quatro são pessoas com idades acima de 60 anos. Então, como pegamos um jovem e levamos pra escola, se lá ou mesmo no trajeto há o risco da contaminação? E, mesmo se ficar assintomático, ainda assim ele pode disseminar o vírus para a pessoa da terceira idade ou de grupo de risco que reside na mesma casa?” – questionou.

Na visão do Executivo, “diante dessa situação, neste momento em que Ipatinga ainda não tem como precisar a data de retorno às aulas, o que estamos pensando é em viabilizar as atividades em casa, de forma remota, e/oucom material impresso para aqueles que não tenham condições de lidar com meios eletrônicos”.

A proposta é ocupar com conteúdos didáticos o horário das crianças e adolescentes em casa e, assim, garantir a validade do ano letivo, sem colocar em risco alunos, profissionais e familiares. “O retorno das aulas presenciais nas escolas em Ipatinga só acontecerá quando tivermos a convicção de que podemos fazê-lo da forma mais segura possível”, assegurou o prefeito.

Kits de alimentação

Com o aumento do número de casos positivos de contaminados pelo novo coronavírus em Minas Gerais e no país, nos últimos dias, além de manter a decisão de escolas fechadas a Prefeitura de Ipatinga vem garantindo também, mês a mês, a entrega dos kits de alimentação para famílias carentes cadastradas no programa BolsaFamília, do Governo Federal.

A agilidade da Secretaria Municipal de Educação no processo de elaboração das propostas para as atividades remotas leva em conta que, no último dia 13, o Ministério da Educação prorrogou até o dia 16 julho a autorização para as instituições de ensino substituírem as disciplinas presenciais por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação em cursos que já estavam em andamento.

Outro aspecto relevante é a necessidade de cumprir o ano letivo ainda em 2020. Segundo a Secretaria de Educação, Ipatinga tem hoje 233 professores contratados, cujos acordos vão até o dia 20 de dezembro. “Depois de criarmos a plataforma ‘Estude em Casa’, para que os alunos não perdessem o contato com a escola, agora faz-se necessário iniciarmos com as atividades remotas. Por isso organizamos essa conversa olho no olho com os diretores, que terão também esse diálogo por videoconferência com seus professores. Vamos trocar ideias e sugestões de atividades de ensino, antes de apresentarmos ao Conselho Municipal de Educação, no próximo dia 27. Se aprovado, teremos aulas remotas, valendo como reposição de carga horária letiva, para que a gente não ultrapasse o ano e evite levar o ano letivo para 2021. Hoje, os professores contratados estão recebendo, mas se as aulas forem para o próximo ano, como faremos para repor?”, questiona a secretária municipal de Educação, Eva Sônia Rodrigues. Ela complementa: “Por isso temos a preocupação com esse planejamento, pensando na educação com equilíbrio e sabedoria para tomarmos as decisões acertadas”.

Para Daniela Cota Brito, diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) José Martins da Silva, do bairro Jardim Santa Clara, participar das discussões será fundamental para esta nova etapa. “A gente precisa contar com a participação efetiva tanto da equipe de professoras e funcionárias da escola quanto do envolvimento das famílias” – argumenta. “É pensarmos juntos nas melhores estratégias para garantir o acesso ao que ficar definido após a reunião do Conselho, valorizando a integração entre o professor e o aluno”.

fonte: PMI

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